Ele diz: “Meu bem, eu já não lhe falei que eu não gosto quando você faz isso?” Ela responde: “Meu querido, ou é do meu jeito, ou não tem jeito”. Ele retruca: “Mas meu bem, as coisas não são assim”. Ela, à beira da explosão, também retruca: “Você quem sabe, é pegar ou largar”. Parece exagero, mas não é. É exatamente assim que muitas mulheres se comportam. Não só em relação aos seus maridos, mas como em toda e qualquer situação, existem mulheres que querem dominar os homens.
Muito tem se falado em relação ao avanço e às conquistas da mulher que, cada vez mais, têm ocupando espaços antes estritamente masculinos. Mulheres lutando pela igualdade de direitos, como, por exemplo, o mesmo salário. Em muitas empresas, mesmo ocupando cargos iguais, elas ganham bem menos que eles.
Muito se fala também em inversão de papéis. O que se percebe atualmente é que muitos homens, numa freqüência cada vez maior, têm trocado o terno e a gravata pelo avental e a vassoura, enquanto as mulheres têm justamente trocado o avental e a vassoura pelo terno e a gravata, o que demonstra claramente que eles é que têm assumido a casa, enquanto elas, o sustento da família. Para se ter uma idéia dessa nova mulher, o programa Fantástico, da Rede Globo, já abordou o assunto. De acordo com a reportagem “enquanto o feminismo levou as mulheres para protestar nas ruas, o masculismo se manifesta discretamente no divã dos psicanalistas”. Falando ao programa, o psiquiatra Luiz Cushnir explicou. “Nesses 30 anos, a gente tem quatro vezes mais homens em psicoterapia do que mulheres. Os homens querem saber como eles vão lidar com essa nova mulher. Ele reclama que a mulher está brava, muito dura, manda muito.”
A matéria é pertinente e demonstra a realidade dos dias atuais. E é exatamente nessa busca desenfreada pela igualdade e por novas conquistas, é que mora o perigo, pois muitas mulheres se tornam dominadoras. Querem mandar em tudo e em todos. É difícil para algumas delas admitirem o título de “mandona”, quer seja no casamento ou em relacionamentos. Mas o certo é que existem sogras que querem dominar o casamento dos filhos, mães que exercem o domínio fora do normal sobre os filhos, filhas que fazem dos pais e da família o que querem, mulheres que exercem domínios sobre os funcionários de uma empresa e até mesmo na igreja querem impor seu comando. Tudo isso são exemplos do domínio feminino.
Mas, o que fazer? Seria isso algo espiritual? Por que isso acontece? Por que muitos homens se submetem temerosa e vergonhosamente àquelas mulheres que sempre os dominam, e como é possível obter a libertação e reaver a autoridade perdida?
Ao lado de um grande homem, uma grande mulher? Ambicionar o poder e a autoridade para dominar tudo e todos é próprio da natureza humana e não é algo novo. Pode parecer estranho, mas até mesmo na Bíblia, no Antigo Testamento, temos um exemplo de uma mulher dominadora, que é Jezabel. O livro de I Reis relata um pouco da história dessa mulher que destruiu o reinado de seu marido. De acordo com O Novo Dicionário da Bíblia (Vol. I, Edições Vida Nova), Jezabel, casada com Acabe (reinou como sétimo rei de Israel, por vinte e dois anos), tinha um caráter forte e dominante, era voluntariosa e impetuosa. Naquela época, Jezabel exigiu que o seu deus tivesse pelo menos direitos iguais aos de Yahweh, Deus de Israel. Ela assumiu a liderança das ações no caso do incidente da vinha de Nabote (I Reis 21), de maneira altiva e inescrupulosa, tendo afetado a comunidade inteira bem como tendo solapado o trono de seu marido, Acabe. A ascendência de Jesabel se tornou absoluta sobre Acabe e até mesmo sobre os seus filhos. Depois do falecimento de Acabe, Jesabel continuou sendo um poder em Israel durante todo o reinado de seu filho mais velho, Acazias, e também durante a vida de Jorão (segundo filho mais velho). Esse reinado, caracterizado pela idolatria e pela péssima influência de Jezabel (I Rs 21: 25-26), afetou gerações sucessivas para pior.
O exemplo de Jezabel nos mostra como a influência de uma mulher egoísta e ambiciosa demais pode ser desastrosa na vida de um homem, não só no casamento, como também no ambiente de trabalho, perante a sociedade e, principalmente, na igreja. Não é de hoje que vemos ou ouvimos comentários a respeito de mulheres que destruíram o ministério de seu esposo e até mesmo a família simplesmente porque usaram de sua influência, persuasão e poder, muitas vezes se valendo de sua sensualidade, com interesses próprios.
Muitas mulheres, ao lerem essa matéria, poderão protestar: “Ela não sabe o esposo que eu tenho em casa.” Não é de se negar que muitas mulheres acabam assumindo o papel de homem e sacerdote do lar porque eles são omissos em casa. O pastor Jorge Linhares, presidente da Igreja Batista Getsêmani, em Belo Horizonte, é enfático sobre o assunto. Para ele algumas mulheres exercem o domínio sobre os homens, por culpa dos próprios homens. “Muitas mulheres dominam porque os homens têm sido omissos como sacerdote. Os homens precisam assumir o seu papel de cabeça e sacerdote.”
Outro fator é o desconhecimento quanto ao que a Bíblia diz sobre o assunto. “A falta de compreensão da verdade bíblica sobre a submissão faz com que algumas mulheres ajam assim. Quando a mulher compreende seu papel, ela o cumpre com dignidade.”
Elas precisam saber
Antes de se tentar fechar a questão, o que não é fácil, é preciso, em primeiro lugar, que se entenda de uma vez por todas o que significa a submissão, pois há uma grande diferença entre submissão e subserviência. : “Ainda hoje, se vê no meio da igreja a mesma idéia distorcida que apresenta submissão como subserviência, ou seja, obediência servil e cega, na qual o homem é o senhor e a mulher é simplesmente uma cumpridora de ordens que fica quase numa posição de escrava. Isso está errado! Muito errado!” Eles ainda enfatizam: “… A submissão, ao contrário do que muitas mulheres pensam, não diminui a mulher em nada, mas a engrandece e a preserva.”
Um outro ponto a destacar é que Deus não chamou a mulher para ser o cabeça ou a líder, a chefe, mas a auxiliadora do esposo. “Foi a conseqüência do pecado de Adão que levou Deus a proclamar a maldição desse pecado sobre Eva, conforme se lê em Gênesis 3: 16: ‘O teu desejo seja para o homem e o homem te dominará’. Desde então, o homem tem o espírito saído de dominador sobre o sexo feminino, sobre os desejos da mulher e seus filhos. E toda mulher nasce com o espírito (tendência) de se rebelar e escapar desse poder e autoridade corrompidos do homem.”
Eles precisam agir
Seja por omissão ou mesmo porque a mulher é uma dominadora, o fato é que o problema é real e tem trazido sérios constrangimentos e até traumas para os homens que enfrentam a situação. Eles se sentem acuados e envergonhados perante os amigos – e porque não dizer também da sociedade – visto que a cobrança em relação ao seu papel como provedor da casa é muito grande e também porque a capacidade de liderança está muito ligada á virilidade. Afinal, que homem se sentiria à vontade a ponto de falar e assumir que a mulher é quem manda?!
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