segunda-feira, 23 de maio de 2011

ESPOSAS SOLITÁRIAS DE MARIDOS VICIADOS EM PORNOGRAFIA

Tenho ficado impressionado pelo número cada vez maior de mulheres que se queixa de solidão, entendida aqui como solidão sexual, em virtude de seu maridos serem viciados na pornografia da Internet.

E o que causa um impacto ainda maior é saber que muitos desses maridos são cristão evangélicos, bons pais de família e profissionalmente realizados.

Num país como o Brasil, sabe-se que 95% dos homens apreciam revistas de mulheres nuas e entram em contato com algum tipo de pornografia.

Uma parte desse contingente (e aqui, o assunto não diz respeito apenas ao universo masculino, mas inclui as mulheres também) justifica a utilização dessa pornografia como uma espécie de "preliminar" para incrementar seu relacionamento sexual com o cônjuge.

No entanto, com o passar do tempo, muitos deles viciam-se nos sites e filmes pornográficos e começam a negligenciar a esposa, preferindo satisfazer suas pulsões mediante a prática da masturbação.

É óbvio que tais indivíduos estão, imaturamente, "compensando" suas frustrações; ou por não se sentirem mais atraídos pelo corpo de suas esposas (que obviamente não podem competir com atrizes pornográficas); ou, por não as amarem mais mesmo e não terem a coragem de assumir isso.

POR QUE PORNOGRAFIA E MASTURBAÇÃO CONSTITUEM IMATURIDADE?

Porque quando um homem de fato ama sua mulher, ele a deseja. Ela lhe basta e lhe satisfaz sexualmente. O sexo que ele faz com ela é prazeroso, tendo ela um corpinho de "miss" ou estrias e celulite.

Seu amor não está condicionado apenas à estética, mas vai muito mais além, incluindo amizade, companheirismo e cuidado pela satisfação de suas necessidades.

Quando isso não ocorre e há a necessidade compulsiva de de fantasias, masturbação e pornografia, esse homem é imaturo, encontra-se sexualmente regredido e, embora possa ser maduro nos negócios ou nas decisões de trabalho; sexualmente, parte de seu seu caráter está ainda infantilizada.

QUAL É A SAÍDA, ENTÃO?

Sem dúvida, em primeiro lugar, uma conversa franca e honesta entre os parceiros,
na qual, sem hipocrisias e sem ofensas tudo deve ser dito: as frustrações confessadas, os descontentamento esclarecidos, os gostos e preferências compartilhados e as fraquezas trazidas à luz. Isso, em geral, costuma surtir efeito.

Caso o problema persista, o passo seguinte seria obter a ajuda de um conselheiro idôneo e competente ou mesmo a procura por uma psicoterapia de casal que, em muito casos, é realmente a solução ideal para reconduzir as coisas aos trilhos.

Finalmente, se ficar evidente que a causa do problema é o amor que se acabou; por mais contundente que isso possa parecer, a solução seria mesmo a separação formal, pois a infidelidade maior, em tal circunstância, seria carregar sobre as próprias costas e colocar sobre as costas do outro o jugo de uma convivência estéril e sem amor.


Toni Ayres

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