O
pastor corre o grande risco de cuidar dos outros e descuidar do
cônjuge. O pastor corre o grande risco de dar especial atenção a todos
os que o procuram e não dar atenção especial à própria família. O pastor
corre o risco de ser um marido ausente e insensível às necessidades
emocionais da esposa.
Há muitos pastores que vivem de
aparência. Pregam sobre casamento, mas estão com o matrimônio destruído.
Aconselham casais em crise, mas não aplicam os mesmos princípios ao seu
próprio relacionamento conjugal. Há pastores que pregam uma coisa e
praticam outra. São amáveis com os outros e amargos com a esposa. São
tolerantes com as ovelhas e implacáveis com os filhos. Há pastores que
são anjos no púlpito e demônios dentro do lar.
Esse abismo entre o púlpito e o
lar descredencia o ministro, desqualifica o ministério e tira o pastor a
unção para exercer com fidelidade e eficácia seu pastorado. Se o pastor
não é bênção dentro de casa, será um fracasso em público.
O primeiro e mais importante
rebanho de um pastor é sua própria família. Nenhum sucesso no ministério
compensa o fracasso familiar. A família do pastor é a sustentação do
seu ministério. A palavra de Deus diz que aquele que não sabe governar a
sua própria casa não está apto a governar a igreja de Deus (cf 1Tm
3.5). Noé foi o maior evangelista de todos os tempos. Pois, embora não
tenha conseguido levar ninguém para a arca, levou com ele toda a sua
família. Há muitos pregadores que são instrumentos para levar muita
gente à salvação, mas perdem a sua própria família. O sacerdote Eli foi
reprovado por amar mais a seus filhos do que a Deus. Mesmo assim,
dedicou tempo aos outros, mas não cuidou dos próprios filhos (1Sm
2.12-17,22-36). O pastor vive constantemente sob a tensão das coisas
urgentes e importantes. Ele, de forma constante, é solicitado para
atender o urgente e, às vezes, sacrifica no altar do urgente o que é
verdadeiramente importante. Cuidar da família é algo importante. Cuidar
dos filhos é tarefa importante. Muitas vezes, o pastor corre atrás das
coisas urgentes e esquece-se de cuidar da sua própria casa.
Há muitos pastores com a família
arrebentada emocionalmente. São delicados com as ovelhas e insensíveis
com a família. São amáveis no púlpito e rudes dentro de casa. São ternos
com os filhos dos outros e ferinos com seus próprios filhos. Há muitos
filhos de pastor amargurados e até revoltados pela maneira como são
tratados pelos pais. Eles nunca têm tempo. Estão sempre acudindo os
outros, ouvindo os outros e assistindo os outros, mas nunca dedicam
tempo para conversar com os próprios filhos. Há muitas mulheres casadas
com pastores que vivem em uma imensa solidão, e há muitos filhos de
pastor que são órfãos de pais vivos.
Os pastores precisam resgatar,
urgentemente, a prioridade de cuidar da família. A igreja é uma bênção e
precisamos aprender a amá-la e cuidar dela como a menina dos olhos de
Deus, mas não podemos fazer isso em detrimento da própria família. O
melhor caminho é que toda família ame o ministério e trabalhe unida e
coesa no sentido de apoiar o ministério pastoral. Quando a família do
pastor vê a igreja como rival, isso traz grandes transtornos para o
pastor e também para a igreja.
Extraído
do livro: “De: Pastor A: Pastor” - Rev. Hernandes Dias Lopes -
Ed.Voxliteris - Resumo e adaptação para o blog: Rev.Ronaldo P Mendes.
http://somente-jesus.blogspot.com.br/search?updated-max=2012-03-07T10:49:00-03:00&max-results=7
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