Se você deseja formar uma família com uma pessoa que já foi casada e
teve filhos desse casamento, você precisa ter em mente o seguinte:
1 – Sobre a relação dela com o ex-cônjuge
Precisa compreender quão importante é para ela manter contato e se
relacionar bem com o ex-cônjuge para o bem dos filhos. Se você tentar
limitar esses contatos ou impor condições que acabem prejudicando a
relação com os filhos e com o ex-cônjuge, vocês terão muitos problemas
em sua relação. Não há espaço para o egoísmo e ciúmes em uma relação
dessa natureza.
2 – Sobre pensão alimentícia
O pagamento de pensão alimentícia aos filhos normalmente é aceito
prontamente. O problema maior é quando o ex-cônjuge precisa ser
assistido por um tempo, até que consiga se estabilizar financeiramente.
Nesse ínterim poderão surgir desentendimentos entre vocês,
principalmente se você contribui igualmente para as despesas da casa.
Caso vocês enfrentem reveses financeiros, ainda que a assistência ao
ex tenha findado, a questão “pensão alimentícia” poderá entrar em pauta,
acabando em desentendimento e cobranças em relação à quantia paga ou
sobre a forma como o dinheiro está sendo utilizado.
Você precisa não somente compreender, mas apoiar seu futuro marido ou
esposa no cumprimento de suas obrigações financeiras para com seus
filhos e/ou o ex-cônjuge. É algo de que você precisa estar ciente antes
mesmo que o namoro fique sério.
3 – Sobre sua relação com os filhos dele
É sua obrigação não só estimular o relacionamento dele com os filhos,
como esforçar-se para ter o melhor relacionamento possível com essas
crianças.
Muitas vezes a reação das crianças em relação ao novo casamento do
pai ou da mãe pode ser muito negativa. Por isso, é imperativo que você
exerça paciência e se esforce para compreender e amar essas crianças. E,
se vier a ter seus próprios filhos neste casamento, cuidar para não
colocá-los à frente dos meios-irmãos no relacionamento com o pai ou a
mãe deles.
4 – Sobre a rotina, o espaço e as regras da família
É importante que você empregue todos os esforços a fim de se adaptar à
rotina daquele lar, não importa se seu pretendente tem a guarda dos
filhos ou se eles vêm de vez em quando. Uma mudança dessa natureza mexe
muito com o emocional das crianças. Elas precisam sentir-se seguras em
relação à escolha da mãe ou do pai. Precisam ter certeza de que não
perderão espaço, não só espaço físico, mas espaço na vida do progenitor.
Outra questão importante diz respeito às regras da família. Certa
vez, ouvi um homem, que namorava uma mulher com filhos, dizer que quando
se casasse com ela muitas coisas iriam mudar naquela casa. Tal atitude
traria problemas para o seu relacionamento com as crianças e com o
futuro cônjuge. Poderia, ainda, gerar conflitos com o ex-cônjuge da
parceira.
Qualquer mudança jamais deve ser imposta, mas muito bem conversada e
apoiada por todos os envolvidos, principalmente por aqueles que têm
maturidade para entender o que está acontecendo.
5 – Sobre ter ou não mais filhos
É uma questão importantíssima a ser tratada, em minha opinião, antes
mesmo de se iniciar um namoro. Muitas pessoas que tiveram filhos de
outro casamento, por questões de saúde ou outras questões, não podem ou
não querem ter mais filhos. É algo que precisa ser esclarecido desde o
início para não haver frustração e desentendimento futuro.
6 – Sobre a necessidade que ele terá de lhe conhecer muito bem
Aí está algo que acontece muito. Uma pessoa que já foi casada,
principalmente se teve desilusões no casamento anterior, desejará
conhecer muito bem seu pretendente antes de trocar alianças. Por essa
razão, ela pode demorar um pouco para aceitar o pedido de casamento e
pode fazer algo não tão agradável: investigar a vida do seu pretendente.
Quem namora uma pessoa divorciada, principalmente se também for
divorciado, deve estar preparado para ter sua vida investigada. Se isso
acontecer com você, acredito que, se não tiver nada a esconder, você não
vai, ou, pelo menos, não deve se ofender com essa atitude.
7 – Sobre usar o ex-cônjuge como parâmetro
Querendo ou não, o ex-cônjuge será sempre usado como parâmetro para
determinar o que é aceitável ou não no futuro parceiro. Não que ele ou
ela esteja buscando em você atributos que gostava no ex. Geralmente é o
contrário. Ele(a) tenderá a rejeitar suas características ou atitudes
similares às do ex, quando elas motivaram brigas e desentendimentos. É
uma atitude natural, pois é uma forma de evitar que os erros se repitam e
acabem novamente em divórcio.
Como dá para perceber, entrar na vida de uma pessoa divorciada e com
filhos não é tão fácil quanto se pensa. Certamente haverá obstáculos. A
maioria deles, porém, é galgável.
Cabe a você, primeiramente, analisar se é isso mesmo que quer para a
sua vida. Caso seja, dar sua contribuição para que o novo lar seja um
lugar de paz, equilíbrio e compreensão. E trabalhar com afinco
conquistar um espaço merecido no coração de cada membro da família. O
amor opera milagres.
por: Erika Strassburger
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