Durante um bate-papo no grupo do
facebook João Calvino, que de início era só uma conversa normal, boba,
sem muitas reflexões, acabou surgindo um assunto realmente importante,
pelo menos para mim: casamento.
Na minha época de cristã meia-boca,
tinha uma lista com as características do meu homem ideal. Ser cristão,
apesar de encabeçar a lista, não passou de um simples item, algumas
vezes negligenciado por mim, haja vista o meu comportamento nada
agradável aos olhos de Deus.
Entretanto, Deus começou a me mudar, a
me moldar, a me mostrar a verdadeira essência do evangelho. Passei a me
interessar mais pela Bíblia, voltei a fazer meu devocional, a questionar
alguns posicionamentos, a rever meus valores.
Pouco antes disso, comecei um namoro
com um cristão. Se minha vida e minhas posições não tivessem mudado,
talvez esse namoro ainda existisse. Contudo, pela graça e bondade de
Deus, ele começou um processo maravilhoso na minha vida e eu passei a
enxergar mais além, a desejar mais do que um simples cristão, e pus um
fim ao namoro.
Veja bem, o que ele fazia e que agora
eu não concordo, são coisas que antigamente eu não veria mal algum, como
deixar de ir uma vez ou outra – ou até mesmo não ir – à igreja.
Mas por que sempre temos tempo para
passar umas horas por dia discutindo ou postando bobagens no facebook,
sempre temos tempo de ir à academia, à praia ou a um restaurante com os
amigos, mas nunca temos tempo para adorar a Deus? Por que doamos tanto
tempo da nossa vida a pessoas que, por mais que tenham nos ajudado,
nunca nos deram, nem jamais poderiam nos dar, o melhor e maior presente
que ganhamos, que foi a salvação através da morte de Jesus Cristo?
Por que é tão fácil valorizar alguém
que nos ajuda numa coisa tão ínfima, mas é tão difícil dispormos de
tempo para adorarmos, venerarmos e nos prostramos diante daquele que nos
deu a vida eterna?
Por que as pessoas se sacrificam por
amigos, mas não são capazes de se ajoelhar e orar com reverência a
Cristo? Por que ninguém pode sentir uma dor tão ínfima quanto a dos
joelhos tocando o chão, quando Cristo, por nós, sofreu muito mais que
isso, na cruz?
Que cristão nós somos, se não temos
tempo para Cristo, tempo para honrá-lo, agradecê-lo? Que cristão nós
somos, se não colocamos Deus em primeiro lugar na nossa vida? Que
cristianismo fajuto é esse que vivemos, em que amigos e parentes são
mais importantes para nós do que nosso Pai?
“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim.” Mt 10:37
Outra coisa que me incomoda é essa
adequação do cristão aos tempos modernos, a esse politicamente correto,
que prega a igualdade entre os sexos, que vê a submissão da esposa ao
marido como um ato de machismo e desvalorização da mulher, quando não é!
Nós, mulheres, estamos querendo ocupar
um lugar em nosso lar que não nos pertence! Quantos casamentos nós
vemos, em que mulheres mandam e homens obedecem? Que adestramento foi
esse, feito com os homens, que agora eles estão cada vez mais mansos e
afeminados, enquanto nós, mulheres, cada vez mais imponentes e
arrogantes? Por que o papel tem sido invertido? Não é porque o mundo
prega uma igualdade entre os sexos que nós, como cristãos, também
devamos viver conforme essa regra.
Homem e mulher não são iguais, homem e
mulher têm papéis diferentes e a Bíblia deixa isso muito claro. Qualquer
atitude contrária a essa é um despautério e um desrespeito às
ordenanças bíblicas.
“Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo” I Co 11:3
“Como, porém, a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido” Ef 5:23
Essa listinha que fiz está guardada até
hoje, dentro de uma caixinha pequena, dourada, que ganhei na época em
que frequentava a Igreja Batista Cristo é Vida, na Barra do Ceará, a
chamada “caixinha da pureza”.
O tempo se passou e essa listinha, apesar de permanecer inalterada no papel, mudou muito de uns tempos pra cá – para melhor.
Hoje eu não quero me casar apenas com
um cristão, quero um homem que tenha compromisso com Cristo, que o
coloque em primeiro lugar na sua vida. Um homem que fará culto doméstico
comigo e com os filhos, um homem que morra e viva pelo evangelho.
Porque homem nenhum, por mais rico ou inteligente que seja, jamais me
trará a segurança e a confiança que o cristão pode me proporcionar.
Um homem que não morra por Cristo, um
homem que não viva para Cristo, um homem que não obedeça aos mandamentos
bíblicos, simplesmente não é mais um homem bom o suficiente para mim.
Assim como uma mulher não é boa o suficiente para um servo de Deus, caso
não preencha esses requisitos.
___
Autora: Sara Mendonça.
Cópia proibida sem os devidos créditos - autora / blog.
FONTE:
http://mulhercristaeteologia.blogspot.com.br/2015/05/o-meu-homem-ideal.html
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