domingo, 3 de fevereiro de 2019

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ROMANCE E NAMORO




Prefácio

Uma das questões mais confusas para os jovens cristãos de hoje em dia é compreender o que a Bíblia ensina sobre romance. Enquanto sabemos que a preciosa Palavra de Deus é imutável, o mundo em que vivemos está em tamanhas trevas morais – mudando e piorando seus padrões morais com tanta frequência – que torna-se difícil, para dois cristãos que se apaixonam, discernir os padrões de conduta que honram a Deus.

Certamente o mundo não carece de seus próprios padrões – a maioria deles são completamente ímpios em sua essência, e geralmente modelados após o estilo de vida decadente de artistas e atletas populares, ou daqueles proeminentes em outras áreas da sociedade. A moralidade, ou melhor, a completa falta dela no mundo em que vivemos, não fornece qualquer padrão afinal. A moral do homem é construída sobre as areias movediças da opinião pública, em vez da imutável rocha da Bíblia. Por causa disso, a esfera do amor e romance humano tornou-se um dos exemplos mais gritantes da tristeza e da corrupção resultante de um espírito semelhante ao encontrado no livro de Juízes: “cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos.” (Jz 21:25)

Hoje em dia o amor romântico (pelo menos o que o mundo considera como sendo amor) se tornou o motivador e justificador para permitir todo tipo de comportamento corrupto e abominável e luxúria desenfreada.

Por esse motivo, sem a maravilhosa luz – divina e imutável – da preciosa Palavra de Deus, a perspectiva para um casal cristão buscando desfrutar plenamente do entusiasmo e admiração de um romance de uma forma que não só provê um profundo prazer, mas também glorifica a Deus, seria desalentador. Mas foi Deus quem criou o coração e afeições humanas, o mesmo que disse “Não é bom que o homem esteja sozinho” (Gn 2:18), que proveu, em Eva, uma companhia para encher e satisfazer o coração de Adão. Logo devemos estar certos de que, enquanto nosso amoroso Deus e Seus padrões nunca se alteraram (e nunca se alterarão), podemos, com confiança, abrir Sua Palavra seguros de que ela contém toda a orientação e instrução divina necessária para cada aspecto e detalhe do maravilhoso e excitante mundo do romance, namoro e noivado.

Introdução

As Primeiras Coisas Primeiro

Antes de começarmos, é muito importante entender o que queremos dizer com os termos “romance”, “cortejo” e “namoro”. Na cultura norte-americana estas palavras (“romance”, “courtship” e “dating”, em inglês) são muitas vezes utilizadas como sinônimos. Mas isto pode causar confusão uma vez que elas têm significados bastante diferentes dependendo da pessoa (ou sociedade) que as usa. As questões que os cristãos precisam determinar são: se e como Deus usa estas palavras em Sua Palavra.

Primeiro de tudo, devemos notar que nenhuma dessas palavras é encontrada nas versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Almeida Revista e Atualizada, duas das melhores traduções da Bíblia em português. As palavras correspondentes em inglês também não são encontradas nas versões King James ou Darby’s New Translation. Mas isto não é necessariamente significante. Por exemplo, constantemente ouvimos que a palavra “Trindade” não existe na Bíblia, apesar de se referir a uma doutrina cristã fundamental e essencial encontrada em todo o Novo Testamento.

Sendo assim, mesmo que não possamos encontrar essas três palavras na Bíblia, podemos também encontrar ao que elas se referem no decorrer de suas páginas divinamente inspiradas.

Qual o Significado?

Romance é simplesmente o maravilhoso relacionamento que toma lugar entre um homem e uma mulher cujos corações foram atraídos um pelo outro. Talvez o livro na Palavra de Deus que melhor descreve um relacionamento romântico piedoso é Cânticos de Salomão.

Lembre-se também que o romance nunca deveria terminar depois do casamento! O amor romântico que desabrochou antes do casamento deve se desenvolver e crescer durante toda a união. “Alegra-te com a mulher da tua mocidade… e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente” (Pv 5:18-19). “Maridos, amai vossas mulheres” (Ef 5:25; Cl 3:19).

Cortejo courtship, em Inglês) é um termo formal que descreve as ações que tomam lugar em um relacionamento romântico. Um exemplo notável é o cortejo visto em Gênesis 29:18-20. Jacó amou (romance) Raquel e concordou em servir seu pai Labão por sete anos (cortejo) para tê-la como esposa. Não pensamos em cortejo em nossa sociedade Ocidental como um trabalho – mas que era isso o que significava na cultura em que Jacó e Raquel viviam!

Namoro (dating, em Inglês) é de fato apenas uma outra palavra, mais comumente usada, para cortejo. Podemos dizer que ir a um encontro (going on a date, em Inglês) é uma das atividades em um cortejo. Além disso, também dizemos com frequência que, quando um homem e uma mulher se atraem um pelo outro e começam a “cortejar”, eles estão “namorando” ou “em um namoro firme”.

Uma Nota de Cautela

Apesar dos três termos serem usados aqui, aqui vai uma palavra de cautela sobre namoro. Se você pensa em namoro apenas como uma atividade casual e recreacional que pessoas jovens “apenas fazem” para se divertir – fazendo-o com vários parceiros diferentes antes de levar a sério – você está fazendo algo que não tem a aprovação das Escrituras. Não me parece que há princípios na Palavra de Deus que encorajam ou dão orientação para este tipo de namoro “casual” ou “recreacional”. O namoro vem apropriadamente após ter havido muita oração, procurando a orientação do Senhor para um companheiro para a vida, e recebendo uma resposta a suas orações ao encontrar seu coração atraído pelo outro. É algo alegre e ao mesmo tempo sério de se fazer.

Lemos em Provérbios 4:23, “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. O coração é muito sensível e se machuca com facilidade. O que alguém pode querer como nada mais do que um “namoro casual” pode ser algo muito sério para o outro. Corações partidos e esmagados trazem resultados solenes e trágicos. Tomem muito cuidado com o coração e afeições do outro, pois Deus ama cada um de Seus queridos filhos e não se agradará de alguém que engana os outros pelas suas afeições.

Jugo Desigual

O que segue neste livreto em relação a relacionamentos românticos entre dois jovens é apresentado assumindo-se que ambos os parceiros são crentes no Senhor Jesus Cristo. Um cristão se envolvendo romanticamente com um incrédulo está absolutamente e sempre errado. Nosso amoroso Pai, que se deleita em abençoar, faz a seguinte pergunta ao coração:“Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3:3). Em 2 Coríntios 6:14 Ele dá este comando solene e inalterável a Seus queridos filhos: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis”. Amado jovem! Se você realmente deseja uma vida e casamento felizes, sejam obedientes a Ele.
 
Neste momento deve haver aqueles que, lendo isto, estão, por ignorância, vontade própria, ou ensino ruim, em um “jugo desigual” romântico com um incrédulo. Enquanto a Palavra de Deus é completamente capaz de abordar cada condição em nossas vidas, devemos, em fidelidade a Ele, dizer que um tal relacionamento não representa um resultado de ser conduzido pelo Espírito de Deus. Suplicamos, a qualquer um que se apresenta em tal relacionamento, que corra para o Senhor com um coração quebrantado e contrito de espírito (Salmo 34:18). Lá você encontrará sabedoria assim como misericórdia e graça, a fim de ser ajudado em tempo oportuno. (Hb 4:16)

Um Alerta Amoroso

Devo também amorosamente alertar aos nossos amáveis jovens a serem muito cuidadosos antes de se comprometerem em um relacionamento com alguém que professa, sem muita firmeza, sobre sua salvação, ou sobre conhecer a Deus ou sobre ir à igreja, coisas desse tipo. Quando as afeições do coração se tornam envolvidas com o outro, é muito fácil dizer as coisas certas – as coisas que o parceiro quer ouvir. Uma pessoa não salva pode, motivada por ganhar o coração do outro e procurando agradá-lo(a) e fazê-lo(a) feliz, dar evidências externas de ser um cristão. E para alguém que é cristão e está sendo procurado pelo outro, tais palavras boas e lisonjas podem facilmente enganar o coração se o crente não estiver confiando totalmente no Senhor.

Em Mateus 7:22-23 (ver também Lucas 13:25), o Senhor Jesus falou daqueles que dizem dEle dizendo “Senhor, Senhor”, mas Sua solene resposta a eles será, “nunca vos conheci; apartai-vos de mim”. Querido jovem crente, eu apelo para que você se lembre que muitos falam de Deus, da igreja e da Bíblia – podem até dizer que são salvos ou nascidos de novo, ou palavras aceitáveis como estas. No entanto, eles podem não ter uma verdadeira vida em Cristo afinal. É fácil falar e agir com religiosidade, mas impossível viver em Cristo a não ser que seja um crente verdadeiro. A única segurança contra o sofrimento que certamente virá de tal situação solene é se lançar sobre o bendito Senhor Jesus em humilde submissão e dependência de Sua perfeita sabedoria. Lembre-se, “o que confia no seu próprio coração é insensato” (Pv 28:26).

Que o Senhor dê a cada jovem o propósito do coração de se curvar diante de Sua preciosa Palavra em vez de se deixar levar pelas tendências e desejos de seus corações. Um namoro e casamento felizes dependem da realidade com Deus e da submissão de coração de ambos os parceiros.“Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes” (Jo 13:17)

O Maravilhoso Mundo do Namoro

Estamos seguros em 2 Timóteo 3:16 de que “toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa…”. Em Pv 4:1 lemos, “Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes a prudência”. Salmos 119:10,11 mostra o desejo e interesse que devemos ter ao ler a Palavra de Deus. “Com todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.”

Apesar do encontro e namoro com aquela “pessoa especial” serem momentos emocionantes e maravilhosos, além da obediência e submissão à preciosa Palavra de Deus, existem perigos reais de cair em pecados que desonram ao Senhor Jesus – pecados que podem causar trágico naufrágio na vida dos jovens crentes. Por isto é vital encontrar aqueles princípios morais na Bíblia que se aplicam a relações românticas. Como toda palavra de Deus é pura, viva, e poderosa, o Espírito é capaz de trazer delas princípios que incidem sobre as circunstâncias individuais e únicas de cada pessoa.

Vamos abrir no primeiro capítulo da Bíblia onde eu acredito que o relato da criação contém um baú de tesouro rico de princípios morais que podem dar orientação divina àqueles que estão entrando no mundo bonito e emocionante do namoro. O namoro não é um fim em si mesmo – mas é, sim, o feliz meio pelo qual duas pessoas são trazidas ao maravilhoso relacionamento do casamento.

Deus criou a instituição do casamento para o desfrute e bênção do homem (e como uma bela figura de Cristo e a igreja). Ele também deu instruções e princípios destinados a guiar aqueles que habitam neste maravilhoso mundo e no mundo que leva a ele, o namoro. Estes princípios asseguram que devemos desfrutar, na maior medida possível, todos os desejos de Deus para nossa felicidade e bençãos (veja Gn 1:22, 2:18 e 5:2)

​1. Nota do tradutor: pelo fato do termo “cortejar” não ser muito utilizado no cotidiano brasileiro, tanto o termo courtship quanto dating serão traduzidas como namoro no decorrer do texto.
Dia Primeiro
No Início
V.1 “No início, Deus”
Não há melhor princípio do que este para dar orientação para todos que começam um romance. Talvez você se pergunte se os sentimentos que você encontra pelo outro em seu coração estão realmente certos – você se pergunta “é este(a) realmente a pessoa certa”? Você pode estar se perguntando “como eu vou saber quando a pessoa certa aparecer?” Ou talvez você esteja preocupado(a) sobre como fazer com que aquela pessoa especial saiba que você está interessado(a) nela. O que você vai fazer para conhecê-la? Você pode estar em dúvidas sobre aonde ir naquele primeiro encontro. Todas estas são questões importantes! A resposta a elas começa, amado jovem, lembrando-se que “No início Deus”. Faça dEle – Seus pensamentos, Sua Palavra – o ponto de partida para todas as suas ações.
“Ó Deus, tu és o meu Deus, de madrugada te buscarei” (Sl 63:1)

Um Equilíbrio Adequado

V. 1 “… criou os céus e a terra”
Um namoro precisa de um equilíbrio adequado entre o espiritual (“céus”) e o natural (“terra”). Um namoro que conduz ao casamento é de Deus, porém dado para ser desfrutado na natureza – isto é, nesta vida. O casamento não é uma condição espiritual mas sim um gozo natural.“Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu.” (Mt 22:30). No entanto, para esta terra, o namoro e o casamento devem ser guiados pelos princípios celestiais. “Guiar-te-ei com os meus olhos.” (Sl 32:8)

Um casal pode decidir sair para andar de bicicleta e curtir um piquenique. Isso é natural – alegrias apropriadas para esta terra. No entanto, o que eles vestirem nesse passeio de bicicleta e como devem agir um com o outro quando estiverem sozinhos deve ser guiado pelos céus. A ambos aspectos – céus e terra – deve ser dado o lugar apropriado em um romance. Um namoro caracterizado apenas pelo céu é tão espiritualmente irreal como um namoro caracterizado apenas pela terra, que é moralmente perigoso.

Um Namoro Estável e Livre de Ansiedade

Assim como houve ordem e progressão adequadas na criação do mundo físico de Deus, assim deve haver um desenvolvimento ordenado e estável em um romance. “Deus não é Deus de confusão” (1 Co 14:33) – nem em Sua criação do universo, nem nos princípios divinos que Ele dá para guiar um namoro.

Com muita frequência, os romances “vai-e-vem” típicos da sociedade ocidental são mais cheios de problemas, contendas e disputas do que alegria. O namoro cristão não deve ser igual a uma novela barata. Os princípio que Deus dá, se seguidos por dois crentes em seu romance, trará alegria, amor crescente, confiança e estabilidade.

Se um jovem cujo coração está atraído por outro está incerto se tais sentimentos são mutuamente compartilhados por aquela pessoa especial, haverá muita angústia como resultado. Quanta ansiedade e infelicidade é causada pela falta de confiança nas afeições ou intenções do parceiro em um namoro!

Mantenham o espírito dos romances mundanos, contaminados pelo flerte, ciúme, incerteza e infidelidade, fora de seu namoro. “Saí do meio deles, e apartai-vos” (2 Co 6:17). Tais ações ímpias e profanas como as praticadas em relacionamentos mundanos não têm parte no belo tecido que compreende um verdadeiro romance cristão.

Confusão, Erros e Pecado

V. 2 “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo.”
Você já se sentiu assim ao se perguntar sobre alguém por quem você possui, ou possuiu, afeições? Talvez você se pergunte, “Será que ela é realmente a pessoa certa pra mim?“ ”Será que aquele cara / garota é o(a) escolhido(a) de Deus para ser o(a) companheiro(a) da minha vida?” Tantas questões podem estar enchendo seu coração de confusão e trevas quanto aos seus sentimentos por outra pessoa, ou os dela por você.

Talvez você esteve envolvido em um namoro e então, por algum motivo, a coisa toda começou a desmoronar, quase sem aviso. Agora você está sofrendo. O relacionamento acabou em desastre e coração partido e tudo parece escuro e sem esperanças. Parece impossível que um dia você será feliz de novo. Pior ainda, talvez o pecado moral tenha sido permitido naquele relacionamento. O que em um momento parecia tão belo, tão correto, apenas conduziu a tristeza, culpa e devastação.

Com tudo tão escuro e sem forma, as coisas podem parecer impossíveis enquanto você se pergunta: “Depois de fazer uma bagunça como essa, como posso esperar que Deus me traga a pessoa certa para minha vida?” Lembre-se, meu amado jovem, que Deus é o “Deus de esperança” (Rm 15:13). Em Jr 32:27, o Senhor pergunta “Acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim?” Deus é o Deus da segunda chance!

Luz e Esperança

Não sabemos o que aconteceu para que aquela criação original e perfeita citada no versículo 1 fosse estragada, mas ela entrou em total ruína. No entanto, Deus não permitiu que Sua criação permanecesse naquele condição vazia e de trevas (“sem forma e vazia”, na versão ACF). Tampouco quer Deus que seu coração e sua vida permaneçam em um estado sem forma e vazio. “Sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas feridas.” (Sl 147:3). Ele amavelmente nos diz que “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (1 João 1:9). E Ele nos assegura que não desprezará um “coração quebrantado e contrito” (Sl 51:17).

Não há necessidade de se desesperar tendo a benção dEle na sua vida, amado jovem. Mas há uma grande necessidade de se achegar a Ele e ouvi-Lo, sabendo que Ele é amor puro e que Ele sempre recebe, de braços abertos, filhos que retornam a Ele em um espírito arrependido, humilhado e contrito (Sl 34:18, Sl 51, Pv 28:13, Lc 15:11-32)

Se houver confissão e arrependimento, você pode estar certo de que nosso gracioso Deus lhe dará uma resposta de paz (Gn 41:16) no que diz respeito a uma companhia para a vida. Confie nEle!

Você Pode Começar de Novo

V. 2 “E o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. ”
A água nas Escrituras muitas vezes sugere instabilidade e confusão (Lc 21:25). Talvez seja exatamente assim que você se sente agora sobre o efeito de um romance anterior ou a incerteza sobre o começo de um novo. Tudo pode parecer escuro, sem forma, perdido, mas lembre-se que Deus está pessoalmente e intensamente interessado em você. É tão interessante que Ele sabe exatamente quantos cabelos você tem na cabeça (Lc 12:7). Assim como Seu Espírito se movia com interesse divino sobre a desolada cena de Gênesis, assim Ele hoje se preocupa com as condições do seu coração e da sua vida.

Em outra tradução (J.N.D.), o Espírito de Deus está registrado como “pairando” ou “meditando” sobre a cena de desolação. Por que Deus simplesmente não desistiu, destruindo toda a criação e então começando tudo de novo? Porque não é este o coração de nosso maravilhoso e amável Deus! Ele se deleita em tornar belo algo que estava em condições de ruína! “A quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei” (Ez 34:16).

Se o pecado e a desobediência marcaram seu namoro, arrependa-se e confesse isto ao seu Pai. Se há confusão e trevas na sua vida em relação a romances, confie e se submeta à fé no seu Pai. Ninguém pode fazer melhor para você do que Ele! “Confiarei em ti.” (Sl 56:3)

Luz Para Um Novo Começo

V. 3-5 “E disse Deus: Haja luz; e houve lu_z. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro. ”

Repare que é Deus que age. Ele, que é a Luz (1 Jo 1:5) diz, “ Haja luz”. A luz é a primeira coisa que deve caracterizar um namoro entre dois cristãos – a luz moral. Como foi Deus quem disse “Haja luz”, esta é uma questão inegociável para aqueles que desejam um romance feliz, emocionante e gratificante. “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef 5:8)

Não se deixe enganar pelo espírito iníquo deste mundo que faz de heróis aqueles cujas vidas são cheias de corrupção e sujeira moral, as quais Deus chama de abominação.Tal perversidade não é o padrão para um romance piedoso pois pertence às trevas, não à luz.
Assim que você se encontrar iniciando um namoro sério com outro crente, sempre lembre-se que seu Pai deseja que seu namoro seja caracterizado pela luz. Lemos que “viu Deus que era boa a luz”. Ele está observando (com carinhosos e amáveis olhos de um Pai) tudo o que acontece em seu romance. Não permita ação alguma em seu namoro que não possa estar na completa luz de Sua amável presença. “Tu és Deus que me vê” (Gn 16:13).

Não Há “Meia-Luz”

Deus é o Único que tem o direito de fazer uma clara e distinta diferença entre luz e trevas. Ele chamou a luz de “dia” e as trevas de “noite”. Ele também separa moralmente entre o que é bom (luz) e o que é pecado (trevas). Deus é infinito e soberano, estabelecendo os padrões para o certo e o errado em seu namoro. Lembre-se que no namoro (assim com em todas as outras coisas), Deus não tolera algo como uma meia-luz: ou há trevas, ou há luz.

Deixe a luz e as trevas claramente divididas em seu romance. Este é o primeiro dia – o maravilhoso e excitante começo de um namoro cristão. Você descobrirá que a Palavra de Deus identifica claramente aquilo que responde à luz moral e às trevas morais. Leia-a sempre com muita oração e cuidado!

O presente mundo perdeu tanto o temor a Deus que tentará te convencer que qualquer tipo de conduta é aceitável em um namoro. Qualquer coisa que pareça fazer sentir-se bem é aceitável – e encorajado – nos relacionamentos românticos do mundo. De fato, nossos assim chamados países cristãos chegam a ter certas leis de moralidade baseadas no conceito ímpio de “adultos com consentimento” (termo referente a adultos que consentem em realizar práticas sexuais ilícitas entre si). Isso tudo mostra que o que Deus chama de pecado é considerado um comportamento aceitável entre aqueles que consentem com tal conduta!

Isso tudo é uma loucura tão triste! Nosso Deus estabeleceu os padrões do dia (certo) e noite (errado) nos relacionamentos românticos entre duas pessoas. Ele separou claramente o dia da noite. Não permita que a falta de padrão moral piedoso e a tolerância ao mal deste mundo confundam as claras distinções que Ele fez para a conduta no namoro.

Enfim, não se deixe enganar! Um cristão não pode usar os distorcidos padrões de conduta do mundo para guiar um romance. O Senhor Jesus disse, “Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” (Mt 15:14)


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