Prefácio
Uma das questões mais confusas para os jovens cristãos de hoje em dia
é compreender o que a Bíblia ensina sobre romance. Enquanto sabemos que
a preciosa Palavra de Deus é imutável, o mundo em que vivemos está em
tamanhas trevas morais – mudando e piorando seus padrões morais com
tanta frequência – que torna-se difícil, para dois cristãos que se
apaixonam, discernir os padrões de conduta que honram a Deus.
Certamente o mundo não carece de seus próprios padrões – a maioria
deles são completamente ímpios em sua essência, e geralmente modelados
após o estilo de vida decadente de artistas e atletas populares, ou
daqueles proeminentes em outras áreas da sociedade. A moralidade, ou
melhor, a completa falta dela no mundo em que vivemos, não fornece
qualquer padrão afinal. A moral do homem é construída sobre as areias
movediças da opinião pública, em vez da imutável rocha da Bíblia. Por
causa disso, a esfera do amor e romance humano tornou-se um dos exemplos
mais gritantes da tristeza e da corrupção resultante de um espírito
semelhante ao encontrado no livro de Juízes: “cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos.” (Jz 21:25)
Hoje em dia o amor romântico (pelo menos o que o mundo considera como
sendo amor) se tornou o motivador e justificador para permitir todo
tipo de comportamento corrupto e abominável e luxúria desenfreada.
Por esse motivo, sem a maravilhosa luz – divina e imutável – da
preciosa Palavra de Deus, a perspectiva para um casal cristão buscando
desfrutar plenamente do entusiasmo e admiração de um romance de uma
forma que não só provê um profundo prazer, mas também glorifica a Deus,
seria desalentador. Mas foi Deus quem criou o coração e afeições
humanas, o mesmo que disse “Não é bom que o homem esteja sozinho” (Gn
2:18), que proveu, em Eva, uma companhia para encher e satisfazer o
coração de Adão. Logo devemos estar certos de que, enquanto nosso
amoroso Deus e Seus padrões nunca se alteraram (e nunca se alterarão),
podemos, com confiança, abrir Sua Palavra seguros de que ela contém toda
a orientação e instrução divina necessária para cada aspecto e detalhe
do maravilhoso e excitante mundo do romance, namoro e noivado.
Introdução
As Primeiras Coisas Primeiro
Antes de começarmos, é muito importante entender o que queremos dizer
com os termos “romance”, “cortejo” e “namoro”. Na cultura
norte-americana estas palavras (“romance”, “courtship” e “dating”, em
inglês) são muitas vezes utilizadas como sinônimos. Mas isto pode causar
confusão uma vez que elas têm significados bastante diferentes
dependendo da pessoa (ou sociedade) que as usa. As questões que os
cristãos precisam determinar são: se e como Deus usa estas palavras em
Sua Palavra.
Primeiro de tudo, devemos notar que nenhuma dessas palavras é
encontrada nas versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Almeida
Revista e Atualizada, duas das melhores traduções da Bíblia em
português. As palavras correspondentes em inglês também não são
encontradas nas versões King James ou Darby’s New Translation. Mas isto
não é necessariamente significante. Por exemplo, constantemente ouvimos
que a palavra “Trindade” não existe na Bíblia, apesar de se referir a
uma doutrina cristã fundamental e essencial encontrada em todo o Novo
Testamento.
Sendo assim, mesmo que não possamos encontrar essas três palavras na
Bíblia, podemos também encontrar ao que elas se referem no decorrer de
suas páginas divinamente inspiradas.
Qual o Significado?
Romance é simplesmente o maravilhoso relacionamento que toma
lugar entre um homem e uma mulher cujos corações foram atraídos um pelo
outro. Talvez o livro na Palavra de Deus que melhor descreve um
relacionamento romântico piedoso é Cânticos de Salomão.
Lembre-se também que o romance nunca deveria terminar depois do
casamento! O amor romântico que desabrochou antes do casamento deve se
desenvolver e crescer durante toda a união. “Alegra-te com a mulher da tua mocidade… e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente” (Pv 5:18-19). “Maridos, amai vossas mulheres” (Ef 5:25; Cl 3:19).
Cortejo ( courtship, em Inglês) é um termo formal que descreve as ações que tomam lugar em um relacionamento romântico.
Um exemplo notável é o cortejo visto em Gênesis 29:18-20. Jacó amou
(romance) Raquel e concordou em servir seu pai Labão por sete anos
(cortejo) para tê-la como esposa. Não pensamos em cortejo em nossa
sociedade Ocidental como um trabalho – mas que era isso o que
significava na cultura em que Jacó e Raquel viviam!
Namoro (dating, em Inglês) é de fato apenas uma outra palavra, mais comumente usada, para cortejo. Podemos dizer que ir a um encontro (going on a date, em Inglês) é uma das
atividades em um cortejo. Além disso, também dizemos com frequência
que, quando um homem e uma mulher se atraem um pelo outro e começam a
“cortejar”, eles estão “namorando” ou “em um namoro firme”.
Uma Nota de Cautela
Apesar dos três termos serem usados aqui, aqui vai uma palavra de cautela sobre namoro. Se
você pensa em namoro apenas como uma atividade casual e recreacional
que pessoas jovens “apenas fazem” para se divertir – fazendo-o com
vários parceiros diferentes antes de levar a sério – você está fazendo
algo que não tem a aprovação das Escrituras. Não me parece que há
princípios na Palavra de Deus que encorajam ou dão orientação para este
tipo de namoro “casual” ou “recreacional”. O namoro vem apropriadamente
após ter havido muita oração, procurando a orientação do Senhor para um
companheiro para a vida, e recebendo uma resposta a suas orações ao
encontrar seu coração atraído pelo outro. É algo alegre e ao mesmo tempo
sério de se fazer.
Lemos em Provérbios 4:23, “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. O
coração é muito sensível e se machuca com facilidade. O que alguém pode
querer como nada mais do que um “namoro casual” pode ser algo muito
sério para o outro. Corações partidos e esmagados trazem resultados
solenes e trágicos. Tomem muito cuidado com o coração e afeições do
outro, pois Deus ama cada um de Seus queridos filhos e não se agradará
de alguém que engana os outros pelas suas afeições.
Jugo Desigual
O que segue neste livreto em relação a relacionamentos românticos
entre dois jovens é apresentado assumindo-se que ambos os parceiros são
crentes no Senhor Jesus Cristo. Um cristão se envolvendo romanticamente
com um incrédulo está absolutamente e sempre errado. Nosso amoroso Pai,
que se deleita em abençoar, faz a seguinte pergunta ao coração:“Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3:3). Em 2 Coríntios 6:14 Ele dá este comando solene e inalterável a Seus queridos filhos: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis”. Amado jovem! Se você realmente deseja uma vida e casamento felizes, sejam obedientes a Ele.
Neste momento deve haver aqueles que, lendo isto, estão, por
ignorância, vontade própria, ou ensino ruim, em um “jugo desigual”
romântico com um incrédulo. Enquanto a Palavra de Deus é completamente
capaz de abordar cada condição em nossas vidas, devemos, em fidelidade a
Ele, dizer que um tal relacionamento não representa um resultado de ser
conduzido pelo Espírito de Deus. Suplicamos, a qualquer um que se
apresenta em tal relacionamento, que corra para o Senhor com um coração
quebrantado e contrito de espírito (Salmo 34:18). Lá você encontrará
sabedoria assim como misericórdia e graça, a fim de ser ajudado em tempo oportuno. (Hb 4:16)
Um Alerta Amoroso
Devo também amorosamente alertar aos nossos amáveis jovens a serem
muito cuidadosos antes de se comprometerem em um relacionamento com
alguém que professa, sem muita firmeza, sobre sua salvação, ou sobre
conhecer a Deus ou sobre ir à igreja, coisas desse tipo. Quando as
afeições do coração se tornam envolvidas com o outro, é muito fácil
dizer as coisas certas – as coisas que o parceiro quer ouvir. Uma pessoa
não salva pode, motivada por ganhar o coração do outro e procurando
agradá-lo(a) e fazê-lo(a) feliz, dar evidências externas de ser um
cristão. E para alguém que é cristão e está sendo procurado pelo outro,
tais palavras boas e lisonjas podem facilmente enganar o coração se o
crente não estiver confiando totalmente no Senhor.
Em Mateus 7:22-23 (ver também Lucas 13:25), o Senhor Jesus falou daqueles que dizem dEle dizendo “Senhor, Senhor”, mas Sua solene resposta a eles será, “nunca vos conheci; apartai-vos de mim”.
Querido jovem crente, eu apelo para que você se lembre que muitos falam
de Deus, da igreja e da Bíblia – podem até dizer que são salvos ou
nascidos de novo, ou palavras aceitáveis como estas. No entanto, eles
podem não ter uma verdadeira vida em Cristo afinal. É fácil falar e agir
com religiosidade, mas impossível viver em Cristo a não ser que seja um
crente verdadeiro. A única segurança contra o sofrimento que certamente
virá de tal situação solene é se lançar sobre o bendito Senhor Jesus em
humilde submissão e dependência de Sua perfeita sabedoria. Lembre-se, “o que confia no seu próprio coração é insensato” (Pv 28:26).
Que o Senhor dê a cada jovem o propósito do coração de se curvar
diante de Sua preciosa Palavra em vez de se deixar levar pelas
tendências e desejos de seus corações. Um namoro e casamento felizes
dependem da realidade com Deus e da submissão de coração de ambos os
parceiros.“Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes” (Jo 13:17)
O Maravilhoso Mundo do Namoro
Estamos seguros em 2 Timóteo 3:16 de que “toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa…”. Em Pv 4:1 lemos, “Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes a prudência”. Salmos 119:10,11 mostra o desejo e interesse que devemos ter ao ler a Palavra de Deus. “Com
todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus
mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar
contra ti.”
Apesar do encontro e namoro com aquela “pessoa especial” serem
momentos emocionantes e maravilhosos, além da obediência e submissão à
preciosa Palavra de Deus, existem perigos reais de cair em pecados que
desonram ao Senhor Jesus – pecados que podem causar trágico naufrágio na
vida dos jovens crentes. Por isto é vital encontrar aqueles princípios
morais na Bíblia que se aplicam a relações românticas. Como toda palavra
de Deus é pura, viva, e poderosa, o Espírito é capaz de trazer delas
princípios que incidem sobre as circunstâncias individuais e únicas de
cada pessoa.
Vamos abrir no primeiro capítulo da Bíblia onde eu acredito que o
relato da criação contém um baú de tesouro rico de princípios morais que
podem dar orientação divina àqueles que estão entrando no mundo bonito e
emocionante do namoro. O namoro não é um fim em si mesmo – mas é, sim, o
feliz meio pelo qual duas pessoas são trazidas ao maravilhoso
relacionamento do casamento.
Deus criou a instituição do casamento para o desfrute e bênção do
homem (e como uma bela figura de Cristo e a igreja). Ele também deu
instruções e princípios destinados a guiar aqueles que habitam neste
maravilhoso mundo e no mundo que leva a ele, o namoro. Estes princípios
asseguram que devemos desfrutar, na maior medida possível, todos os
desejos de Deus para nossa felicidade e bençãos (veja Gn
1:22, 2:18 e 5:2)
Dia Primeiro
No Início
V.1 “No início, Deus”
Não há melhor princípio do que este para dar orientação para todos
que começam um romance. Talvez você se pergunte se os sentimentos que
você encontra pelo outro em seu coração estão realmente certos – você se
pergunta “é este(a) realmente a pessoa certa”? Você pode estar se perguntando “como eu vou saber quando a pessoa certa aparecer?” Ou
talvez você esteja preocupado(a) sobre como fazer com que aquela pessoa
especial saiba que você está interessado(a) nela. O que você vai fazer
para conhecê-la? Você pode estar em dúvidas sobre aonde ir naquele
primeiro encontro. Todas estas são questões importantes! A resposta a
elas começa, amado jovem, lembrando-se que “No início Deus”. Faça dEle – Seus pensamentos, Sua Palavra – o ponto de partida para todas as suas ações.
“Ó Deus, tu és o meu Deus, de madrugada te buscarei” (Sl 63:1)
Um Equilíbrio Adequado
V. 1 “… criou os céus e a terra”
Um namoro precisa de um equilíbrio adequado entre o espiritual
(“céus”) e o natural (“terra”). Um namoro que conduz ao casamento é de
Deus, porém dado para ser desfrutado na natureza – isto é, nesta vida. O
casamento não é uma condição espiritual mas sim um gozo natural.“Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu.” (Mt 22:30). No entanto, para esta terra, o namoro e o casamento devem ser guiados pelos princípios celestiais. “Guiar-te-ei com os meus olhos.” (Sl 32:8)
Um casal pode decidir sair para andar de bicicleta e curtir um
piquenique. Isso é natural – alegrias apropriadas para esta terra. No
entanto, o que eles vestirem nesse passeio de bicicleta e como devem
agir um com o outro quando estiverem sozinhos deve ser guiado pelos
céus. A ambos aspectos – céus e terra – deve ser dado o lugar apropriado
em um romance. Um namoro caracterizado apenas pelo céu é tão
espiritualmente irreal como um namoro caracterizado apenas pela terra,
que é moralmente perigoso.
Um Namoro Estável e Livre de Ansiedade
Assim como houve ordem e progressão adequadas na criação do mundo
físico de Deus, assim deve haver um desenvolvimento ordenado e estável
em um romance. “Deus não é Deus de confusão” (1 Co 14:33) – nem em Sua criação do universo, nem nos princípios divinos que Ele dá para guiar um namoro.
Com muita frequência, os romances “vai-e-vem” típicos da sociedade
ocidental são mais cheios de problemas, contendas e disputas do que
alegria. O namoro cristão não deve ser igual a uma novela barata. Os
princípio que Deus dá, se seguidos por dois crentes em seu romance,
trará alegria, amor crescente, confiança e estabilidade.
Se um jovem cujo coração está atraído por outro está incerto se tais
sentimentos são mutuamente compartilhados por aquela pessoa especial,
haverá muita angústia como resultado. Quanta ansiedade e infelicidade é
causada pela falta de confiança nas afeições ou intenções do parceiro em
um namoro!
Mantenham o espírito dos romances mundanos, contaminados pelo flerte, ciúme, incerteza e infidelidade, fora de seu namoro. “Saí do meio deles, e apartai-vos” (2
Co 6:17). Tais ações ímpias e profanas como as praticadas em
relacionamentos mundanos não têm parte no belo tecido que compreende um
verdadeiro romance cristão.
Confusão, Erros e Pecado
V. 2 “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo.”
Você já se sentiu assim ao se perguntar sobre alguém por quem você possui, ou possuiu, afeições? Talvez você se pergunte, “Será que ela é realmente a pessoa certa pra mim?“ ”Será que aquele cara / garota é o(a) escolhido(a) de Deus para ser o(a) companheiro(a) da minha vida?” Tantas
questões podem estar enchendo seu coração de confusão e trevas quanto
aos seus sentimentos por outra pessoa, ou os dela por você.
Talvez você esteve envolvido em um namoro e então, por algum motivo, a
coisa toda começou a desmoronar, quase sem aviso. Agora você está
sofrendo. O relacionamento acabou em desastre e coração partido e tudo
parece escuro e sem esperanças. Parece impossível que um dia você será
feliz de novo. Pior ainda, talvez o pecado moral tenha sido permitido
naquele relacionamento. O que em um momento parecia tão belo, tão
correto, apenas conduziu a tristeza, culpa e devastação.
Com tudo tão escuro e sem forma, as coisas podem parecer impossíveis enquanto você se pergunta: “Depois de fazer uma bagunça como essa, como posso esperar que Deus me traga a pessoa certa para minha vida?” Lembre-se, meu amado jovem, que Deus é o “Deus de esperança” (Rm 15:13). Em Jr 32:27, o Senhor pergunta “Acaso haveria alguma coisa demasiado difícil para mim?” Deus é o Deus da segunda chance!
Luz e Esperança
Não sabemos o que aconteceu para que aquela criação original e
perfeita citada no versículo 1 fosse estragada, mas ela entrou em total
ruína. No entanto, Deus não permitiu que Sua criação permanecesse
naquele condição vazia e de trevas (“sem forma e vazia”, na versão ACF). Tampouco quer Deus que seu coração e sua vida permaneçam em um estado sem forma e vazio. “Sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas feridas.” (Sl 147:3). Ele amavelmente nos diz que “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (1 João 1:9). E Ele nos assegura que não desprezará um “coração quebrantado e contrito” (Sl 51:17).
Não há necessidade de se desesperar tendo a benção dEle na sua vida,
amado jovem. Mas há uma grande necessidade de se achegar a Ele e
ouvi-Lo, sabendo que Ele é amor puro e que Ele sempre recebe, de braços
abertos, filhos que retornam a Ele em um espírito arrependido, humilhado
e contrito (Sl 34:18, Sl 51, Pv 28:13, Lc 15:11-32)
Se houver confissão e arrependimento, você pode estar certo de que
nosso gracioso Deus lhe dará uma resposta de paz (Gn 41:16) no que diz
respeito a uma companhia para a vida. Confie nEle!
Você Pode Começar de Novo
V. 2 “E o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. ”
A água nas Escrituras muitas vezes sugere instabilidade e confusão
(Lc 21:25). Talvez seja exatamente assim que você se sente agora sobre o
efeito de um romance anterior ou a incerteza sobre o começo de um novo.
Tudo pode parecer escuro, sem forma, perdido, mas lembre-se que Deus
está pessoalmente e intensamente interessado em você. É tão interessante
que Ele sabe exatamente quantos cabelos você tem na cabeça (Lc 12:7).
Assim como Seu Espírito se movia com interesse divino sobre a desolada
cena de Gênesis, assim Ele hoje se preocupa com as condições do seu
coração e da sua vida.
Em outra tradução (J.N.D.), o Espírito de Deus está registrado como
“pairando” ou “meditando” sobre a cena de desolação. Por que Deus
simplesmente não desistiu, destruindo toda a criação e então começando
tudo de novo? Porque não é este o coração de nosso maravilhoso e amável
Deus! Ele se deleita em tornar belo algo que estava em condições de
ruína! “A quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei” (Ez 34:16).
Se o pecado e a desobediência marcaram seu namoro, arrependa-se e
confesse isto ao seu Pai. Se há confusão e trevas na sua vida em relação
a romances, confie e se submeta à fé no seu Pai. Ninguém pode fazer
melhor para você do que Ele! “Confiarei em ti.” (Sl 56:3)
Luz Para Um Novo Começo
V. 3-5 “E disse Deus: Haja luz; e houve lu_z. E viu Deus que
era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus
chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o
dia primeiro. ”
Repare que é Deus que age. Ele, que é a Luz (1 Jo 1:5) diz, “ Haja luz”. A luz é a primeira coisa que deve caracterizar um namoro entre dois cristãos – a luz moral. Como foi Deus quem disse “Haja luz”, esta é uma questão inegociável para aqueles que desejam um romance feliz, emocionante e gratificante. “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Ef 5:8)
Não se deixe enganar pelo espírito iníquo deste mundo que faz de
heróis aqueles cujas vidas são cheias de corrupção e sujeira moral, as
quais Deus chama de abominação.Tal perversidade não é o padrão para um
romance piedoso pois pertence às trevas, não à luz.
Assim que você se encontrar iniciando um namoro sério com outro
crente, sempre lembre-se que seu Pai deseja que seu namoro seja
caracterizado pela luz. Lemos que “viu Deus que era boa a luz”. Ele
está observando (com carinhosos e amáveis olhos de um Pai) tudo o que
acontece em seu romance. Não permita ação alguma em seu namoro que não
possa estar na completa luz de Sua amável presença. “Tu és Deus que me vê” (Gn 16:13).
Não Há “Meia-Luz”
Deus é o Único que tem o direito de fazer uma clara e distinta
diferença entre luz e trevas. Ele chamou a luz de “dia” e as trevas de
“noite”. Ele também separa moralmente entre o que é bom (luz) e o que é
pecado (trevas). Deus é infinito e soberano, estabelecendo os padrões
para o certo e o errado em seu namoro. Lembre-se que no namoro (assim
com em todas as outras coisas), Deus não tolera algo como uma meia-luz:
ou há trevas, ou há luz.
Deixe a luz e as trevas claramente divididas em seu romance. Este é o
primeiro dia – o maravilhoso e excitante começo de um namoro cristão.
Você descobrirá que a Palavra de Deus identifica claramente aquilo que
responde à luz moral e às trevas morais. Leia-a sempre com muita oração e
cuidado!
O presente mundo perdeu tanto o temor a Deus que tentará te convencer
que qualquer tipo de conduta é aceitável em um namoro. Qualquer coisa
que pareça fazer sentir-se bem é aceitável – e encorajado – nos
relacionamentos românticos do mundo. De fato, nossos assim chamados
países cristãos chegam a ter certas leis de moralidade baseadas no
conceito ímpio de “adultos com consentimento” (termo referente a adultos
que consentem em realizar práticas sexuais ilícitas entre si). Isso
tudo mostra que o que Deus chama de pecado é considerado um
comportamento aceitável entre aqueles que consentem com tal conduta!
Isso tudo é uma loucura tão triste! Nosso Deus estabeleceu os padrões
do dia (certo) e noite (errado) nos relacionamentos românticos entre
duas pessoas. Ele separou claramente o dia da noite. Não permita que a
falta de padrão moral piedoso e a tolerância ao mal deste mundo
confundam as claras distinções que Ele fez para a conduta no namoro.
Enfim, não se deixe enganar! Um cristão não pode usar os distorcidos
padrões de conduta do mundo para guiar um romance. O Senhor Jesus
disse, “Deixai-os; são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” (Mt 15:14)
http://acervodigitalcristao.com.br/livros/o-que-a-biblia-diz-sobre-romance-e-namoro
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