quarta-feira, 11 de maio de 2011

MARIDOS, AMAI VOSSAS ESPOSAS

 
Muitas esposas, a se queixar, estão por anos a fio, expondo suas necessidades de afeto.

Muitos homens parecem estar perdidos e apáticos. Cada vez mais distantes de uma comunicação profunda e franca, tentam sufocar os sentimentos e as emoções, pois não sabem lidar com elas.

Isto não é uma crítica – é a realidade. Também não é uma forma de pressionar – é uma constatação.

Antropólogos, sociólogos, psicólogos e psiquiatras falam e escrevem cada vez mais sobre este assunto.

São muitas esposas a se queixar. Estão por anos a fio expondo suas necessidades de afeto, diálogo e atenção. E esperando que algo aconteça, que alguma coisa se modifique. Lágrimas e mágoas ao mesmo tempo em que se acumulam também se derramam. Enquanto isso, seus corações adoecem.

“A esperança adiada entristece o coração; mas o desejo cumprido é árvore de vida”, é o que lemos em Provérbios 13.12. Que grande verdade! A Palavra de Deus é mesmo maravilhosa!
Por que os homens estão assim?

“A chamada crise da masculinidade, antes restrita à intimidade de cada homem, tornou-se pública nos últimos dez anos. Dezenas de estudos de antropólogos, sociólogos e psiquiatras chamaram a atenção para a condição de inferioridade do sexo masculino. Os pesquisadores concluíram que o homem contemporâneo está mais deprimido, acuado e sem identidade social em comparação com seus antepassados”, diz Sérgio Vilas Boas, da Folha de São Paulo.

O secularismo dá nome de “crise da masculinidade”. Nós, cristãos, devemos dar o nome de desobediência à Palavra de Deus, pois lemos em Efésios 5. 25 e 28: “Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama sua mulher, ama-se a si mesmo.”

Ao refletir nos acontecimentos das últimas décadas, concluímos que as mulheres, desconfortáveis com o papel social na qual a sociedade machista as colocou, resolveram rever ter o prejuízo.

Sem dúvida, exageraram. Sobretudo, o casamento, os filhos e os maridos sofrem as conseqüências. Entretanto, temos de admirar com que garra elas vêm derrubando muros, adequando-se às exigências cotidianas e conquistando seu espaço. Elas mudaram e estão mudando.

Sem dúvida, isto mexeu com o brio dos homens. Eles estão confusos em seus papéis, tocados em seus sentimentos, mas não o que fazer; paralisaram.

Diante de tudo isto eles deixaram de se amar? Parece uma explicação bem lógica, à luz do texto citado acima. Por essa causa tornam-se impossibilitados de amar suas esposas.

Criados à imagem e semelhança de Deus, não deveriam os homens repensar seus valores e pensamentos?

Colocados na posição de cabeça da família, não deveriam eles rever este processo?

Chegará o dia, virá o momento da prestação de contas e o que irão dizer? O Senhor deu ao homem a responsabilidade de cuidar da sua família, de amar sua esposa como Cristo amou a igreja. De que forma Cristo amou a igreja? Entregando-se totalmente a ela, dando sua vida por ela.

Não me parece, nem de longe, ser isto o que muitos maridos estão fazendo por suas esposas. Distantes, frios, apáticos, desprovidos de ações de afeto, frágeis quando atingidos pelos problemas emocionais, incapazes de discutir o relacionamento conjugal e posicionados numa atitude defensiva, muitas vezes parecem meninos perdidos e carentes de mãe.

Se pelo menos eles abrissem seus corações e falassem dos seus medos e discutissem seus problemas pessoais…

Veriam que não é tão difícil assim, se sentiriam mais aliviados.

As mulheres estão mais exigentes sim e pressionam muito seus maridos. Estão cansadas de lutar sozinhas por um relacionamento mais saudável e autêntico. Elas querem mais do que o razoável, elas querem o melhor. Porque sabem que é possível. Acreditam nisto e estão dispostas a fazer o que for preciso para isto.

É o que tenho visto e ouvido há cerca de dez anos como esposa de pastor, psicóloga e conferencista.

“A primeira barreira a ser rompida é a da comunicação. Educados para agir, indivíduos do sexo masculino, de modo geral, têm dificuldade de solicitar, reclamar, intervir, questionar, discutir problemas pessoais e ser enfáticos fora do âmbito profissional. O modo como os homens ouvem também sugere limitações. Como costumam prestar pouca atenção no outro, são menos receptivos a falas sinceras e desarmadas”, resume Sérgio Vilas Boas, da Folha de São Paulo.

Falar, conversar, abraçar, beijar, elogiar, dar atenção, expressar romantismo, caminhar de mãos dadas, ser gentil, olhar para suas esposas com ternura e amor. É o que há para ser feito.

Muito bem. Sabendo disto, agora só é preciso que eles comecem a agir.

Entretanto, não sei se farão. Talvez. Algum dia.

Se não, certamente elas arregaçarão as mangas… Terão de mudar elas mesmas. Mais uma vez.
Por: Psic. Elizabete Bifano 

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