As mulheres sabem muito bem o que a sigla TPM significa. E as outras pessoas também. Principalmente quando você está irritada por nada e seu marido, namorado, familiares ou amigos soltam aquela frase: você está naqueles dias?. O que lhe deixa mais nervosa. Você sente coisas do tipo: que o mundo vai acabar, que nada dá certo na sua vida e que ninguém lhe compreende. Tudo é mais forte que você, faz coisas que não acredita. Mas quando pensa e repara vê que realmente todos que estão ao seu redor têm razão e que apesar de um momento passageiro, você está insuportável.
É bom prestar atenção nesses e em outros sintomas, além de ver quando acontecem e com que freqüência, pois você pode estar sofrendo de Tensão Pré-Menstrual (TPM). Entretanto, não se assuste: ela não escolhe raça, nível social ou cultural. Também chamada de desordem disfórica pré-menstrual, a TPM atinge aproximadamente 75% das mulheres. No entanto, apenas 8% delas têm sintomas muito intensos. Pesquisas apontam que 90% podem passar por isso em pelo menos uma época de suas vidas. Porém, a doença é mais comum após os 30 anos de idade.
A TPM, termo criado em 1930, é uma desordem hormonal e nutricional, cientificamente comprovada, que acontece de maneira cíclica após a ovulação, de 7 a 10 dias, sendo mais forte de um a dois antes da menstruação, e cessando com a chegada do fluxo menstrual.
Os tipos de sintomas, suas combinações e intensidades são diferentes, assim como a personalidade e reação de cada mulher. Apesar da TPM ser simples, esse mal pode até se tornar perigoso. Mexe tanto com a pessoa que pode estar relacionada com as taxas de suicídios, faltas no trabalho e na escola, acidentes de trânsito ou domésticos, e, em casos isolados, crimes envolvendo mulheres. Saiba tudo sobre o período que antecede a menstruação que pode ser um verdadeiro inferno, trazendo sérias repercussões no relacionamento afetivo com a família, amigos, vizinhos e colegas de trabalho.
Os sintomas podem ter a intensidade suficiente para alterar o desempenho das atividades diárias e de relacionamento da mulher. Porém, na maioria dos casos eles são leves a moderados. Estudos mostram que 97% das mulheres percebem em alguma hora, durante seus anos reprodutivos, um ou mais dos sintomas associados com o ciclo menstrual. Mas para que fique caracterizado a TPM como doença, e, enfim, escolher o tratamento, é preciso que a mulher apresente 5 ou mais sintomas durante cerca de 2 a 3 ciclos e que os mesmos desapareçam após a menstruação. Esses indícios são individuais, variáveis e são divididos em emocionais e físicos. A maioria das mulheres sente os dois tipos de sintomas. Veja alguns abaixo:
Sintomas emocionais: ansiedade, agressividade, tensão nervosa, alteração do apetite e/ou da aceitação de determinados alimentos, choro fácil, depressão, desânimo, desesperança, excitação, fraqueza afetiva, tristeza repentina, sentimento de rejeição, raiva ou irritabilidade persistente, aumento dos conflitos interpessoais, diminuição do interesse pelas atividades habituais, sensação de dificuldade de pensamento, memória e concentração, cansaço, sensação de estar fora de controle, sensação subjetiva de opressão.
Sintomas físicos: dores de cabeça tipo enxaqueca, problemas de pele como acne, distúrbios do sono (insônia ou hipersônia), inchaço e/ou sensibilidade mamária aumentada, dores musculares, sensação de inchaço, aumento do corrimento vaginal, ganho de peso por retenção de líquidos, alteração do apetite e dos hábitos intestinais, suor excessivo, crises asmáticas, distúrbios alérgicos, desmaios e até mesmo convulsões nos casos mais graves.
Não se deve confundir Tensão Pré-Menstrual com Dismenorréia, menstruação dolorosa, pois embora se manifeste no mesmo período do ciclo menstrual que a TPM, trata-se de um distúrbio diferente.
Quais são os tipos de TPM?
Existem quatro tipos comuns de TPM:
Tipo A: tem como sintoma principal a ansiedade. Entretanto, podem surgir outros, como agressividade, irritabilidade, tensão nervosa e uma sensação de estar no limite.
Tipo B: principal sintoma é a retenção hídrica, que leva ao inchaço, volume no abdômen, dores mamárias e ganho de peso.
Tipo C: destaque para a cefaléia (dor de cabeça), mas também pode apresentar fadiga e aumento de apetite.
Tipo D: tem como principal sintoma a depressão, que está associada à insônia, ao choro fácil, ao desânimo e ao esquecimento.
Por que ela ocorre?
As causas da TPM ainda não estão completamente esclarecidas, entretanto acredita-se que o distúrbio seja conseqüência de uma combinação de fatores hormonais, nutricionais e ambientais que interferem no sistema nervoso central. Além de ser uma síndrome que acompanha a ovulação normal da mulher.
Alguns alimentos interferem no desenvolvimento dos sintomas da TPM, como chocolate, cafeína, sucos de frutas e álcool. As deficiências de vitamina B6 e de magnésio são consideradas, mas, até agora, o papel desses nutrientes na causa ou no tratamento não foram confirmados.
Adolescente também tem TPM?
Não confunda a TPM com outras alterações emocionais típicas da adolescência. Há características como choro fácil, cólica, agressividade e acne que são comuns aos dois casos. Preste atenção se esses sintomas desaparecem ou permanecem com a chegada da menstruação. Mais de 65% das adolescentes sofrem de TPM e cerca de 75%, de dismenorréia (cólicas) no primeiro dia da menstruação.
Tratamentos para Tensão Pré-Menstrual
O aconselhável é procurar um médico ginecologista e descrever para ele todos os sintomas que você sente antes e depois de cada menstruação. Dessa maneira, o médico poderá escolher por medidas simples ou medicamentos para aliviar os sintomas, já que ela age diferentemente em cada mulher. Alguns ginecologistas optam pelo tratamento com fitoterápicos, outros com anticoncepcionais e outros com antidepressivos. Existem também algumas terapias alternativas que aliviam os sintomas físicos e psicológicos da TPM, como: acupuntura, aromaterapia, homeopatia e massagens.
Contudo, há algumas formas de você amenizar esses sintomas, além de completar o tratamento.
Faça uma dieta branda, reduzindo sal, açúcar, alimentos com aditivos ou conservantes, gordurosos e eliminando café e álcool nos dias de crise. Alimentos ricos em proteínas, vitaminas A e B6 (peixe, frango, fígado, ovos, cereais integrais, soja, amendoim, nozes, banana) e com boas fontes de cálcio (leite e iogurte) e magnésio (espinafre) podem ajudar no processo. As verduras, legumes, cereais e leguminosas, especialmente os integrais, fornecem grande parte dos elementos nutricionais que propiciam o adequado equilíbrio entre hormônios femininos;
Pratique exercícios aeróbicos todos os dias, de 20 a 30 minutos, pois esse tipo de atividade é considerado um excelente tratamento, proporcionando modulação hormonal e estimulando a produção de endorfinas (substâncias responsáveis pela sensação de bem estar).
Evite o fumo.
E para vocês homens que agora sabem que não é uma frescura da mulher e que realmente elas passam por um momento infernal na vida delas, um conselho: faça um esforço para compreendê-las e relevá-las, pelo menos nesses dias terríveis.
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