sábado, 8 de fevereiro de 2020

CASAMENTO MISTO, TRAIÇÃO A CRISTO

 
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Muitos Cristãos professos, por não conhecerem a Escritura ou por desobediência obstinada, se relacionam e aprovam relacionamentos conjugais com descrentes. É muito comum o casamento misto no meio cristão, isso é um pecado que devemos combater. *1

Muitos usam a experiência de outros crentes que casaram com descrentes e vivem ou viveram sem nenhum conflito aparente, alegam que tais casamentos deram certo como base para aprovarem novos casamentos da mesma natureza. Porém, esse argumento é falacioso, visto ser baseado em experiências, não na Escritura. Isso é um pragmatismo perigoso, ou seja, “se funciona, então é lícito.” Todo cristão deve pensar o contrário: se não é Bíblico não importa o “bem” que faça, todo “bem” sem a aprovação de Deus, é mal, pois, traz condenação. Outros, usam como desculpa para iniciar ou manter um relacionamento com um descrente, o evangelismo: “Se eu ganhar ele(a) para Cristo, então é válido.”Mas usar esse argumento como base para o casamento misto também é uma tremenda falácia, visto que casamento não é ferramenta evangelística, “como sabes tu, ó mulher, se salvarás teu marido? ou, como sabes tu, ó marido, se salvarás tua mulher?” (1 Coríntios 7: 16). Esse procedimento é arriscado, deve ser evitado. Não importa a quantidade de casos que esses procedimentos “funcionaram”, não é a experiência, o Padrão de certo e errado, mas a Bíblia.

Certa vez, um cristão me fez a seguinte pergunta: “se um cristão convicto de sua salvação e firme na fé, ao se relacionar com uma pessoa não cristã, há a possibilidade desse cristão desviar-se da fé ou enfraquecer em sua espiritualidade?”
 
Respondi da seguinte forma: quando um cristão entra em um relacionamento amoroso com um descrente, ele não corre o risco de desviar-se da fé, ao fazer isso já evidencia o seu desvio e fraqueza espiritual. Sua fé já foi minada. Ele deixou de pensar e agir Biblicamente. O desvio dele não é uma possibilidade futura, mas revelado presente. A vontade de Deus está sendo suprimida em sua vida, sendo imposta a sua vontade pecaminosa.

Muitos cristãos concordam que a Escritura não permite que um cristão case com um não-cristão: “Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois, que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? 15. Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo?” 2Co 6.14-18; “A mulher está ligada enquanto o marido vive; mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto QUE SEJA NO SENHOR.” 1 Coríntios 7: 39.

Se você conhece a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, você foi comprado por um alto preço, o precioso sangue de Cristo. Sua vida não é mais sua, mas pertence àquele que morreu por você. Isso significa que você precisa obedecer à vontade de Deus, não a sua. Ou seja, você só é livre para casar de acordo com a Escritura.

A Bíblia mostra com clareza que os cristãos devem casar com cristãos. Os relacionamentos mistos são pecaminosos. Portanto, a Escritura proíbe os cristãos de se casarem com ateístas, agnósticos, budistas, mórmons, muçulmanos, católicos romanos, adventistas, etc. Também devemos Lembrar que nem todos que professam ser cristão, mesmo estando em uma igreja Bíblica, necessariamente é um cristão genuíno, mas Cristãos são aqueles que nasceram de novo e demonstram isso através dos frutos (Gl 5.22-23; Mt 7. 16-18).

Infelizmente, muitos pais cristãos incentivam seus filhos a casarem com incrédulos, para eles o que importa é a posição social e financeira do cônjuge, não se este serve a Cristo. Eles agem segundo as regras culturais, não segundo a Bíblia. Tais pessoas afastam seus filhos da obediência e bênçãos do Senhor.

Tanto cristãos que casam, como pais cristãos que aprovam seus filhos a casarem com incrédulos e pastores que realizam casamentos mistos deveriam ser investigados e disciplinados por agirem contrário a Palavra de Deus, salvo alguns casos que esse texto não aborda. Ao invés de agirem em desobediência aos preceitos Bíblicos, tanto pais como pastores deveriam instruir e disciplinar Biblicamente sobre o assunto aqueles que estão sobre seus cuidados. Visto que muitos que entram nesses relacionamentos fazem por ignorância Bíblica.

Esse texto não é exaustivo sobre o assunto, existem casos que devem ser analisados de maneira particular. O presente texto aborda os casos que Cristãos são tentados a iniciar relacionamentos com não-cristãos quando já fizeram profissão de fé. Quando um crente já é casado com um não-cristão seja por desobediência passada, ou antes de sua conversão, ou pelo desvio de seu cônjuge após o casamento, são casos diferentes que são tratados pelo Apóstolo Paulo em 1 Co 7.

Quatro motivos para evitar o casamento misto:

1. Cristãos e não-cristãos vivem com propósitos distintos e sob autoridades distintas

Um cristão tem como propósito glorificar a Deus e alegrar-se nele para sempre. Todas suas ações têm como alvo a Glória de Deus, aguardando o dia em que Cristo voltará para consumar o seu Reino eterno. A Bíblia é sua única regra de fé e prática, é o Padrão para as tomadas de decisões sobre todos os assuntos da vida: profissão, moradia, economia, criação de filhos, e também nas resoluções de conflitos no casamento.
O não-cristão é dirigido por uma cosmovisão diferente que entra em conflito com a Palavra de Deus, são mundos distintos, propósitos distintos.
Um casamento que glorifica a Deus precisa está sob a autoridade de Deus revelada na Escritura, tendo o marido como o chefe da família que governa de acordo com os preceitos Bíblicos: Amando a esposa sacrificialmente como Cristo amou a igreja (Efésios 5:25). A esposa deve ser uma “auxiliadora idônea” submissa a seu marido assim como a igreja está sujeita a Cristo (Gênesis 2:18; Efésios 5: 22, 24). Um casal cristão resolve seus conflitos e tomam decisões tendo como autoridade suprema a Bíblia. Quando um erra, o outro exorta, admoesta e consola, sempre chamando de volta à Escritura.
Sabemos que um não-cristão não tem como alvo nem a capacidade que é dada pelo Espírito Santo somente aos crentes de submeter-se a Escritura dessa forma.
No lar haverá um choque de cosmovisões, qual irá prevalecer?

2. O Cristão e o não-cristão estão em lados opostos

A Bíblia mostra que nesse mundo não existe ninguém neutro em relação a Cristo, ou uma pessoa tem fé na mensagem do evangelho, ou não tem. Ou ela é submissa a Cristo, ou é rebelde (João 3:36). “Aquele que não está comigo, está contra mim; e aquele que comigo não ajunta, espalha” (Mateus 12:30). Todo não-cristão é um inimigo de Cristo. Em 1 Jo:3 é feito um contraste entre:
Crentes e ímpios, os crentes são descritos como filhos de Deus, os ímpios como filhos do diabo. Quando um Cristão casa com um não-cristão, há uma união entre dois reinos, dois senhores, Cristo e o diabo. Esse lar estará dividido, como subsistirá?
Pais que dão seus filhos crentes para casarem com descrentes estão entregando seus filhos para inimigos de Cristo.
Tiago escreve: “Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4). Segundo a Bíblia os não-cristãos são inimigos de Deus, pois seus planos e amores são mundanos e terrenos. Qual cristão casaria com um inimigo de quem mais ele ama, ou seja, de Cristo?

3. O casamento entre um homem e uma mulher deve refletir o relacionamento eterno entre Cristo e a Igreja

A Noiva de Cristo é a Igreja e não o mundo. Cristo é o cabeça da Igreja e não do mundo. Não é o mundo que se submete a Cristo, mas a Igreja. Cristo não amou e morreu para salvar o mundo, mas para salvar a Igreja e santifica-la. (Efésios 5: 23- 27). Como o casamento entre um crente e um descrente pode refletir tão glorioso relacionamento?

4. A Palavra de Deus Proíbe o casamento misto
 
(Gn 27.46-28.9; Dt 7.3-4; Js 23.12; Esd 9-10; Ml 2.11; .1 Co 9.5; CFW Capítulo XXIV – Do Matrimônio e do Divórcio, III, Hb 13.4; ITm 4.3; Gn 24.57-58; 1Co 7.39; 2Co 6.14)
Só o fato de Deus proibir o relacionamento misto, deveria ser o maior motivo para o cristão fugir desse tipo de relacionamento. Ignorar os mandamentos de Deus é arriscar sofrer uma vida inteira de frustração e infelicidade. Porém, o desejo de obedecer aos mandamentos de Deus por amor e não por medo deveria bastar para impedir alguém de cometer tal erro, sendo que também há promessas de bênçãos aos que obedecem a Lei de Deus (Sl.1).
Aqueles que já cometeram esse pecado, precisam entender que Deus perdoa todos os que se arrependem e confiam em Cristo como Senhor e Salvador (1 Jo 1.9). Deus é misericordioso e pode abençoar casamentos que começaram errado.
Amado Cristão, todos precisamos viver para Glória de Deus, não é um casamento que vai te fazer feliz, então se para glorificar a Deus for preciso estar solteiro por algum tempo, que assim seja. Não se entregue a um incrédulo, não há felicidade na desobediência. Seja motivado por amor a Cristo que semelhante a nós foi tentado, sofrendo em lugar de pecadores. Ele veio para nos conduzir a Deus nos livrando do presente século mau, para que Deus seja glorificado. Cristo é digno de toda obediência em amor e gratidão. Um crente vive para conhecer, amar, honrar, adorar e glorificar a Deus por meio de seu Filho, Jesus Cristo.

Pense nisso!


*1. No termo “casamento” está incluso o namoro, visto que todo cristão namora tendo como finalidade o casamento.

Por Thiago da Silva Vieira
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