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sexta-feira, 6 de março de 2020

Qual é a Autoridade de um Marido Sobre sua Esposa?




Recebi uma pergunta de um membro da igreja, perguntando sobre a diferença entre complementarismo e igualitarismo em um casamento. Complementarismo é a visão de que maridos e esposas têm papéis complementares no casamento, que maridos devem amar as suas esposas e as esposas devem se submeter voluntariamente aos seus maridos em todas as coisas legítimas. Igualitarismo é a visão de que maridos e esposas têm autoridade igual em um casamento e devem se submeter um ao outro igualmente e da mesma maneira.


Essa tem se tornado uma questão controversa por várias razões. Nos últimos anos, houve um aumento na conscientização sobre o abuso conjugal. Isso levou muitas pessoas a concluir que todas as “diferenças de poder” no casamento tornam o abuso inevitável. Cada vez mais, vivemos em uma cultura igualitária que valoriza o indivíduo acima de tudo, insistindo que cada indivíduo deve ser igual a todos os outros indivíduos. A teoria crítica, ou marxismo cultural, vê o mundo inteiro através das lentes dos “oprimidos” e “do opressor”. No marxismo cultural, o opressor é quem tem poder e os oprimidos são os que não têm poder. A solução para a opressão, nessa visão, é colocar os que não têm poder no poder. Portanto, qualquer visão que diga: “esposas, sujeitem-se aos seus maridos” (Colossenses 3:18) é considerada opressora.

Porém, Deus criou homens e mulheres igualmente à Sua imagem, o que significa que eles têm o mesmo valor. Porém, embora tenham o mesmo valor, homens e mulheres também são diferentes. Deus ordenou o casamento como a instituição na qual um homem e uma mulher formam uma aliança de companheirismo para a glória de Deus, que também é a estrutura divinamente sancionada para gerar, nutrir e criar filhos. Deus sabe como homens e mulheres funcionam melhor em relação um ao outro no casamento, e Ele sabe que arranjo é mais adequado para gerar e criar filhos. E se Deus diz que os maridos devem amar, servir e liderar as suas esposas, e as esposas devem amar, servir e se submeter aos seus próprios maridos no Senhor, então reverter isso ou mudá-lo é realmente abusar da outra pessoa no casamento.

Efésios 5:22-24 afirma: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”.
Em tudo isso, acredito que uma pergunta que precisa de definição cuidadosa é: “Qual é a autoridade do marido sobre a esposa?”. 

1. Um marido não tem autoridade para solicitar à esposa que viole a lei de Deus.

Uma esposa não pode se submeter ao marido se ele lhe disser para desobedecer à lei de Deus. Os apóstolos disseram: “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. Atos 5:29” (Atos 5:29). Isso se aplica a violações óbvias da lei de Deus, como mentir, roubar, assassinar etc.

Mas os maridos também devem tomar cuidado para não privar as suas esposas da liberdade cristã. A liberdade cristã é uma aplicação do Primeiro Mandamento, no qual Deus diz: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3). Liberdade cristã significa “onde não há lei também não há transgressão” (Romanos 4:15). Em outras palavras, a lei de Deus é o padrão suficiente de justiça, e o pecado é definido como uma violação da lei de Deus (não da lei do homem, por si só). Deus concede aos cristãos a liberdade sob Sua lei de fazer o que eles pensam ser sábio, uma vez que tiveram suas consciências esclarecidas, moldadas por Sua boa Palavra. Às vezes, um marido precisa fazer um julgamento em uma área em que sua esposa não concorda com ele, mas nunca deve se tornar a consciência de sua esposa ou pedir a ela que faça coisas que violem a consciência dela. Quando um marido priva a sua esposa da liberdade cristã, ele está usurpando a autoridade de Deus. 

2. Um marido cresce no uso sábio de sua autoridade, estudando diligentemente a Palavra de Deus.


Um marido só pode ser um líder habilidoso, se for um estudante diligente da Palavra de Deus. O Senhor ordenou que todo rei de Israel “lerá todos os dias da sua vida” a Sua lei (Deuteronômio 17:19). Deus disse a Josué, o grande líder de Israel: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito” (Josué 1:8). Se um marido não estuda a boa Palavra de Deus para aprender mais sobre o Senhor Jesus, ele não terá o conhecimento ou a habilidade para liderar fielmente a sua esposa, e toda a sua família sofrerá.

Não há atalhos aqui. Maridos, vocês precisam aprender toda a Palavra de Deus. Isso significa que vocês precisam aprender a ler e entender as Escrituras corretamente. Para ser um marido sábio, vocês precisam aprender como a Bíblia se harmoniza em termos de sua estrutura pactual com Cristo no centro e a distinção e o relacionamento entre a Lei e o Evangelho, para que possam agir de acordo com a estrutura da própria Bíblia em sua liderança. Ao aprender as Escrituras, vocês verão como tudo aponta para Jesus, e que toda a sabedoria para a liderança está nEle.

Também recomendo o estudo das confissões e catecismos reformados, como auxílio à compreensão das Escrituras. As confissões fornecem um resumo da doutrina bíblica, que pode ajudá-los enquanto leem a Palavra de Deus. Como batista reformado, recomendo particularmente a Confissão de Fé Batista de Londres de 1689 e o Catecismo Batista. Se vocês se tornarem fielmente mais e mais semelhantes a Cristo e obedecerem aos ensinamentos de Sua liderança, se tornarão sábios (Hebreus 5:14). Então, sua esposa e toda a sua família serão abençoados por estarem sob a sua autoridade. 

3. O marido deve exercer a sua autoridade como alguém que vive uma vida humilde, amorosa e piedosa.


Antes que o marido possa liderar os outros, ele precisa aprender a liderar a si mesmo. Como ele pode administrar o seu lar, se ele não consegue administrar a si mesmo? Os maridos, portanto, devem sentar-se aos pés do Senhor Jesus e aprender com Ele. Eles precisam aprender como as correntes de pecado se arrastam em seus próprios corações, para que possam mortificá-los pela graça. Eles precisam aprender como aplicar Cristo a si mesmos, crescer em comunhão e se tornarem mais parecidos com Ele.

Os maridos devem falar muito sobre Cristo para as suas esposas e ministrar o Evangelho a elas. Quando as suas esposas ficam desencorajadas, então devem lembrá-las das promessas muito preciosas de Cristo. Devem sempre procurar refletir o amor e a bondade de Cristo em tudo o que fazem, perdoando como foram perdoados e amando como foram amados.

Os maridos precisam se arrepender sinceramente dos seus pecados. Os maridos devem ser conhecidos em seus lares pelo arrependimento gracioso e verdadeiro. Eles devem liderar a confissão do pecado, humildemente pedindo perdão e crescendo em obediência à boa lei de Deus. Os maridos devem ser líderes ao se submeterem à liderança de Cristo e viverem sob a Sua autoridade.

Os maridos devem coabitar com suas esposas “com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco” (1 Pedro 3:7). Eles nunca podem liderar com um espírito orgulhoso e dominador, mas apenas com grande respeito, amor, humildade, graça e sabedoria. 


4. Um marido deve exercer autoridade sobre a sua esposa por meio do serviço.


Jesus ensina que todos os cristãos com autoridade, incluindo maridos, devem ser líderes servos. Ele disse: “Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; e, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” (Mateus 20:25-28).

O objetivo da autoridade de um marido é o bem de sua esposa, de acordo a definição de “bem” encontrada na Palavra de Deus. Tudo o que o marido faz para liderar e administrar o seu lar deve ter como objetivo servir em primeiro lugar a sua esposa, e depois os seus filhos, para a glória de Deus, e nunca para sua própria glória. Ele nunca deve usar a sua autoridade para servir a si mesmo. Somente um marido egoísta e opressivo usa a sua autoridade para o seu próprio benefício.

Dessa maneira, o marido dá um exemplo de amor. Um marido crente lidera pelo exemplo. Quando uma esposa crente vê o marido servindo a Cristo, amando os outros e vivendo para a glória de Deus, ela desejará segui-lo. Ele nem precisa pedir que ela o siga. Ela verá o seu exemplo de serviço e desejará segui-lo porque respeita o que ele está fazendo.

Mais do que isso, porém, quando um marido usa fielmente a sua autoridade para o bem de sua esposa, e sua esposa se beneficia com isso, uma esposa piedosa se torna cada vez mais convencida de sua sabedoria. Quanto mais ela crê que o seu marido é sábio, mais inclinada ela será a confiar nele. Considere a relação entre um médico e um paciente. Como o médico exerce autoridade sobre o seu paciente? Não é por poder ou lei. Um médico tem autoridade sobre o seu paciente porque sabe o que é sábio para tratar a sua doença. O médico atende o paciente e acredita que ele é capaz de faze-lhe o bem. Portanto, quando o médico prescreve uma receita, o paciente a segue porque acredita que o seu médico está lhe servindo. É assim que a liderança servil age. 


5. Um marido pode exercer autoridade sobre a sua esposa direcionando e recompensando.

Deus diz às esposas que elas devem se submeter aos maridos “em tudo” (Efésios 5:24). Isso significa que Deus dá aos maridos a autoridade para administrar todo o lar. E eles têm autoridade para direcionar ou dar ordens às suas esposas para essa finalidade. Quando um marido direciona a sua esposa, isso nunca deve acontecer porque ele busca beneficiar disso de modo egoísta, mas apenas para o bem de sua esposa, por amor a ela, pelo bem do lar como um todo e pela glória de Deus. Pode haver momentos em que uma esposa não goste ou não concorde com a orientação do marido, mas se ele não estiver pedindo que ela peque, ela deve se submeter a ele. A discussão a seguir sobre direcionamento e recompensa vem principalmente do puritano, William Whately, por meio de Joel Beeke e James A. Labell em Living in a Godly Marriage [Vivendo em um Casamento Piedoso].

Direcionando. Whately diz que um marido apenas raramente direciona ou dá ordens à sua esposa. Ele escreveu: “Uma peça de roupa que um homem veste todos os dias em breve ficará esfarrapada; a autoridade de um homem será desgastada com o uso excessivo. Portanto, mantenha-a guardada até que as ocasiões oportunas a exijam”. Na grande maioria das vezes, os maridos não precisam dar qualquer direcionamento para as suas esposas.

Mas os maridos precisam se lembrar de duas coisas ao direcionar as suas esposas.

Primeiro, Deus lhe deu a sua esposa para ser sua auxiliadora. Portanto, você não deve controlá-la nas coisas mínimas. Se você está gerenciando a sua esposa nas coisas mínimas, está fazendo o trabalho dela por ela. Qual o sentido de ter uma auxiliadora, se você vai controlá-la como um robô? Antes, você deve permitir que ela use os seus dons e habilidades para servir da maneira que o Senhor a fez. Delegue e permita que ela realize seu trabalho à sua maneira. Você não faria as coisas do mesmo jeito, porque ela não é você, e isso é algo bom. Buscar direcionar a sua esposa nos mínimos detalhes também retira da sua esposa a liberdade e viola o Primeiro Mandamento. Isso está errado.

Segundo, quando você dá instruções, deve levar em consideração o temperamento e as facilidades de sua esposa. As pessoas são diferentes e têm capacidades diferentes; então, você precisa pensar em como Deus fez a sua esposa e ter cuidado para não a sobrecarregar. Torne suas instruções para ela as mais suaves possíveis.

Recompensando. Recompensar envolve duas coisas: primeiro, elogiar; segundo, corrigir.

Primeiro, você deve elogiar sua esposa com frequência. Esforce-se para perceber quando ela faz boas obras que honram o Senhor. Provérbios 31 diz que o marido da mulher a louva por suas boas obras (28-29). Ela só pode saber que você aprova o que ela está fazendo, se você contar a ela. Você deve elogiá-la calorosamente, com amor e carinho em seu coração, jamais com frieza.

Segundo, você precisa corrigir a sua esposa quando ela pecar. Agora, é verdade que o amor encobre uma multidão de pecados (1 Pedro 4:8). E é uma glória para o homem passar por cima de uma ofensa (Provérbios 19:11). Você sempre deve ignorar peculiaridades e ofensas mínimas.

Porém, um marido crente não deixará a sua esposa em seu pecado. Se o pecado de uma esposa cria uma barreira no casamento, se é um pecado flagrante, se é o pecado que está causando ativamente dano, ou se é um pecado recorrente, o marido é responsável por confrontá-lo. Isso inclui o pecado de se recusar a se submeter ao marido (Colossenses 3:18-19). Mateus 18:15 afirma: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão”. “Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada”, diz Mateus 18:17. E se ele ainda não escuta, Mateus 18:17 afirma: “dize-o à igreja”. Esse é o padrão que os maridos devem usar ao confrontar as suas esposas. 


6. Um marido nunca pode forçar, coagir, intimidar ou manipular a sua esposa para que se submeta à sua autoridade.

Quando os maridos falam com as suas esposas, devem evitar toda a dureza e severidade. Devem sempre unir a sua autoridade à mansidão, humildade e amor. Às vezes, uma esposa resiste à autoridade do marido e ele tenta impor a sua autoridade gritando, usando palavras duras e pecaminosas, batendo portas etc. Alguns pecaminosamente usam táticas frias de manipulação, culpas falsas, brigas constantes etc. Mas todos esses são pecados terríveis. Eles são uma forma de abuso conjugal.

A esposa responderá melhor quando o marido a abordar com humildade, amor, gentileza e paciência. Se ela não responder, o marido deve confrontá-la como falamos acima. E se ela ainda não responder, ele pode obter ajuda externa de seus pastores e da igreja. Mas ele pode nunca tentar coagir a submissão de sua esposa.

Se um marido pecar dessa maneira contra a esposa, ela deve garantir que esteja segura, precisa conversar com alguém que a ajude e faça-o prestar contas. Idealmente, ela poderia procurar seus pastores e procurar ajuda deles e da igreja. Se um marido bater em sua esposa ou agredi-la, ela deve entrar em contato com as autoridades porque ele cometeu um crime. Uma esposa nunca deve se submeter a abusos. Ela deve fugir do abuso e obter ajuda de autoridades externas. 


Conclusão

A Bíblia ensina que há uma ordem no lar. O igualitarismo é um ídolo cultural e contrário às Escrituras. O autoritarismo é um pecado opressivo, proibido pela Palavra de Deus. Os maridos devem amar as suas esposas e liderá-las como servos, exercendo autoridade no amor. As esposas devem se submeter aos seus maridos em tudo que for legítimo. Essa é a estrutura que Deus estabeleceu no lar para o bem dos maridos e esposas e para o florescimento das crianças e da sociedade como um todo.




Título original: Benjamin Keach on Justification — Via: Ask Pastor Tom Hicks • Traduzido e publicado com permissão • Tradução: Camila Rebeca • Revisão: William Teixeira.
Sobre o autor

Tom Hicks
Tom é o pastor sênior da Primeira Igreja Batista de Clinton, em Los Angeles. É casado com Joy e tem quatro filhos: Sophie, Karlie, Rebekah e David. Ele recebeu seu mestrado e doutorado no Seminário Teológico Batista do Sul, com especialização em História da Igreja, ênfase em batistas e com especialização em teologia sistemática. Tom é o autor de A Doutrina da Justificação nas Teologias de Richard Baxter e Benjamin Keach (Ph.D. diss, SBTS). Ele faz parte do conselho de diretores da Founders Ministries e é o administrador do Founders Blog. Também faz parte do conselho de administração do Seminário Teológico Batista do Pacto e é professor adjunto de teologia histórica do Institute of Reformed Baptist Studies.
 
 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Case-se com um homem que ama a Deus mais do que ama você



Quando o homem ama a Deus acima de tudo, ele é leal e sincero ao tratar sua mulher.

Onde estão esses homens? Será que ainda existem? Encontrar o homem ideal não é tão simples como em contos de fadas, onde o príncipe vem em resgate da donzela em perigo para salvá-la de algum feitiço maligno. Ou como na história da Cinderela, em que, de forma milagrosa, o sapato de cristal se encaixava perfeitamente e ela encontra o homem dos seus sonhos. 

Encontrar um homem não poderia ser menos complicado do que o desafio de achar sapatos que sirvam bem

No mundo de hoje, ao contrário dos contos de fadas, seria maravilhoso encontrar o homem ideal com a facilidade com que você vai às vitrines das lojas escolher o melhor par de sapatos para um baile de gala.

Dedicar a tarde toda para encontrar o sapato mais adequado e sensacional que você vai usar no dia do evento; buscando o tamanho certo, a cor, um modelo confortável e, o mais importante, um que a deixe feliz com a escolha que fez.

Mas, infelizmente, encontrar um homem com as qualidades que você sonha – gentil, confiável, compreensivo, grato, interessado em seu bem-estar, que entenda a importância do trabalho – não é tão simples como escolher sapatos, ainda mais se você quer este homem seja genuíno no quesito espiritualidade. 

Encontrá-lo é um desafio elevado a qualquer potência

Potenciação é um termo relacionado ao verbo “potenciar”. Esta ação, por sua vez, consiste em fornecer poder ou potência (força e capacidade) a alguma coisa. Analisando a definição de potenciação, percebemos que encontrar um homem com as qualidades desejadas, que se adeque a você e ame a Deus mais do que ama você, torna-se um desafio elevado a qualquer potência.

Portanto, essa busca dá a você o poder que precisa para ter a força de caráter para identificar o homem ideal e lhe dá a capacidade de decidir com base nas opções que você encontrar ou que se apresentarem. 

Encontrar um homem que ama a Deus mais do que ama você é o verdadeiro desafio

As mulheres, em sua maioria, são românticas por natureza e gostam de se sentir o número um na vida do homem que a ama. Então, por que uma mulher desejaria que um homem a colocasse na posição número dois, deixando Deus como o número um? Por que você deveria querer encontrar um homem que ama a Deus mais do que ama você? Embora, inicialmente, pareça não ter muita lógica, tem e lhe convém.

O advogado David Todd Christofferson disse: “O mundo e as mulheres clamam por homens, homens que estejam desenvolvendo sua capacidade e seus talentos, que estão dispostos a trabalhar e a fazer sacrifícios, que ajudam os outros a alcançar felicidade… [Eles] estão clamando: ‘Erguei-vos, ó homens de Deus!’.” 

Se ele realmente ama a Deus, a forma com que irá tratá-la será honesta e real

Uma das primeiras qualidades que chama atenção é a forma genuína com que ele trata os outros e você. O piloto Dieter F. Uchtdorf ensinou que “o amor deve ser demonstrado por palavras e ações“. Esse homem, se foi feito para você, deve se comportar de tal forma, que sua maneira de interagir com os outros e com você seja genuína e real em diferentes situações.

Há uma infinidade de lugares e maneiras pelas quais você pode começar observar se os pensamentos e palavras dessa pessoa são condizentes com suas atitudes. Se você avaliar cuidadosamente, será capaz de identificar como seu verdadeiro eu vem à tona, ou se seus atos bondosos são apenas de fachada para impressioná-la.

Por exemplo, dê a si mesma a oportunidade de observar além do que pode ser visto. Quando um homem ama a Deus, seus pensamentos, sentimentos e ações são congruentes. Preste atenção na forma com ele age com as pessoas na rua, com garçons no restaurante, sua reação em eventos esportivos e como ele trata seus amigos e familiares.

Avalie o que ele pensa sobre diferentes assuntos e com que frequência cultiva seu intelecto e seu espírito. Dois pontos de suma importância que você deve considerar: se ele é grato e respeitoso. Se esse homem ama a Deus, você sentirá a veracidade de seu amor e bondade fluírem de dentro dele, de maneira genuína, para você e para os outros. 

Use as lentes adequadas para distinguir quem ama de quem não ama a Deus

O mais incrível é conhecer uma pessoa que reúna todas as qualidades, não digo que deva ser perfeito sendo humano com erros e defeitos, mas se o homem ama a Deus, qualquer coisa que ele pense, sinta ou faça pode ser visto em sua constância e em seu caráter nobre e reto. Seu amor por Deus e por você terá impacto de geração em geração, de laços genuínos de amor, alcançando felicidade e propósito, mesmo diante dos problemas da vida.

Torna-se mais fácil encontrar um homem que entende o seu papel e exerça-o, e que ame a Deus mais do que ame você, se forem usadas as lentes certas para distinguir quem O ama de quem não O ama.

Jeffrey R. Holland , Ph.D. pela Universidade de Yale, ajuda-nos a identificar com clareza o tipo de homem que não ama a Deus e muito menos você: “Num relacionamento de namoro, não gostaria que vocês passassem cinco minutos sequer com alguém que os menosprezasse, que os criticasse constantemente, que fosse cruel com vocês e chamasse isso de humor.”

Tenha cuidado para não ficar olhando apenas através das lentes do romantismo e se deixar levar por frases lisonjeiras e detalhes românticos excessivos, e embora não seja algo totalmente negativo, pode ser apenas dissimulação e não a verdadeira essência da pessoa. 

Quando o homem ama a Deus mais do que ama você, você saberá

Se ele não estiver encenando para impressioná-la, você começará a ver e ouvir sua voz interior dizendo que esse homem é verdadeiramente sincero. Portanto, ele irá tratá-la de maneira respeitosa e amável. Não o deixe ir!

Neste ponto decisivo, uma introspecção poderá ser de grande ajuda, ao analisar e avaliar as suas possibilidades. Ouça sua voz interior, e para obter as respostas que precisa, de forma adequada, você deve ter paz no coração, apegar-se às ideias corretas e reconhecer seu próprio valor como pessoa.

Lembre-se da perfeita tríade: sentimentos, pensamentos e ações, que são congruentes com o interior e o exterior. Desta maneira inequívoca, você verá o potente benefício de encontrar um homem que ama a Deus mais do que ama você. 


Traduzido e adaptado por Erika Strassburger do original Cásate con un hombre que ame más a Dios que a ti

Ada de Hoyos
Licenciada en Ciencias, graduada de la Universidad de Brigham Young, Utah, Estados Unidos. Magíster en Coaching y Psicología, con certificación especial en ayuda a víctimas de abuso. Madre de dos, y avocada a brindar bienestar personal integral.

 
https://www.familia.com.br/case-se-com-um-homem-que-ama-a-deus-mais-do-que-ama-voce/



domingo, 5 de janeiro de 2020

Evite namorar quem esconde o celular. Amor verdadeiro não exige senha


Resultado de imagem para celular SENHA


 
Mais do que namorar alguém que não tenha senha no telefone, relacione-se com quem lhe inspire tanto amor, tanta confiança, ao ponto de você não ter a mínima necessidade de verificar o celular.

A internet ajuda e muito a popularizar a traição. Os perfis sociais nos mostram dezenas de sugestões de amizade o tempo todo, muitas delas de pessoas já mal-intencionadas. Os aplicativos de encontro fazem a vida dos amantes mais prática e discreta. Não precisa de muita conversa, o acesso a informações básicas é fácil e rápido, sem falar no âmbito sigilo da internet anônima.

Tudo muito bem armado para a infidelidade. E não há nada que possamos fazer. Ficar conferindo curtidas nas fotos de quem amamos e mensagens no “zap” é entrar em uma paranoia estressante que salta em nossa mente cada vez que o celular apita. Desgastante demais.
Preste atenção: se a pessoa que você se relaciona tem mania de sair de perto quando recebe ligações e mensagens ou deixa no silencioso quando está com você, algo não vai bem.

A não ser que estejam organizando uma festa surpresa no seu aniversário. Fora isso, a intenção é clara: traição, seja de que nível, e o primeiro indício é a senha.

Claro que nem toda senha revela um traidor, mas, então, não tem porque evitar dividir com você. Ter acesso livre ao celular é mais do que prova de confiança, é prova de que a pessoa é, com você, exatamente o que é no mundo virtual. E isso, além de respeito e compromisso, é prova de entrega, de transparência. Goste você ou não, o papel do celular representa no micro, o que o afeto é no macro.

Isso não quer dizer que não se pode ter privacidade ou que é preciso saber tudo o que se passa no celular do outro. Evidente que não, mas, com certeza, restrição de acesso deixa suspeitas sobre coisas que você não poderia saber, e isso não é amor de verdade porque amor de mentira é que precisa se esconder. Até porque nosso celular diz exatamente quem a gente é. Nele estão as nossas preferências. Seja através dos aplicativos instalados ou das mensagens trocadas.

Se lhe negam o acesso ao telefone, não é necessário conferir o conteúdo para revisar a relação. E caso você pegue alguma mensagem reveladora, poupe-se de discutir com a pessoa que fica azarando sua esposa pelo privado. Poupe-se de mandar seu namorado bloquear a fulaninha ou deletar o perfil social. Apenas aceite que você precisa de alguém que se dê o respeito em vez de confiança para qualquer desconhecido que manda um coraçãozinho.

Não se coloque em um papel que não é seu, de insistir, discutir, brigar. Você não precisa de um relacionamento onde tem que se desgastar descobrindo senha ou esperar o celular dar sopa para investigar a possibilidade de traição. Ou, ainda, ficar atrás do seu marido espiando o que ele escreve no celular. É um comportamento pequeno, de quem não tem autoestima.
Entenda que seu papel, antes de lutar por uma relação que não lhe faz bem, é amar a si mesmo e escolher a pessoa certa.

Por isso, mais do que namorar alguém que não tenha senha no telefone, relacione-se com quem lhe inspire tanto amor, tanta confiança, ao ponto de você não ter a mínima necessidade de verificar o celular. Caso contrário, vá direto ao botão excluir da sua vida e procure alguém que o(a) valorize, que prefira estar com você não no “zap”. Alguém que o(a) ame exatamente como você sabe que merece ou que, pelo menos, prefira vê-lo(a) nu(a) a receber nudes.
 

Luciano Cazz
Luciano Cazz é autor do livro "A tempestade depois do arco-íris".

https://oamor.com.br/colunistas/evite-namorar-quem-esconde-o-celular-amor-verdadeiro-nao-exige-senha/?
 
 

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Como encontrar uma mulher [ou homem] “de Deus” para casar?


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“O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR.” (Pv 18. 22)

Creio que para alcançar a bênção de ter uma esposa serva de Deus, não exista uma receita pronta, mas, certamente, podemos tomar algumas posturas que ajudarão muito. Essas posturas servem tanto para o homem que quer encontrar uma mulher de Deus para sua vida, como para a mulher que quer encontrar um homem de Deus para sua vida.

1- Ore colocando seu desejo diante de Deus

Se realmente você crê que Deus poderá te dar essa esposa, deverá orar a Ele buscando essa bênção. Ore sem cessar! Lembre-se que Deus ouve a suplica do justo. Não desista. Não fique tímido diante de Deus. Diga a Ele que tipo de esposa você espera e gostaria de ter em sua vida (mas não exagere rsrsrs). Fazer isso é um ótimo exercício de fé e também de comunhão com Deus. Agindo assim seu coração estará mergulhado na esperança e paz de Deus.

2- Ore, mas também aja
Seja sociável e invista um pouco em sua aparência. É importante que você cuide de você e da forma como se porta perante as pessoas. Isso não significa forçar ser algo que você não é, pelo contrário, seja você mesmo, mas ande com a barba bem feita, cabelo bonito, cheiroso… Entendeu? Isso ajuda muito, né? Nenhuma mulher gosta de alguém que anda feito um mulambo! Mas não invista somente na aparência. Como você é como pessoa? Busque ser alguém com valores dignos e corretos. Se você quer achar uma mulher de Deus, você tem que ser também um homem de Deus. Esse conjunto certamente atrairá a você uma pessoa com valores corretos.

3- Busque essa mulher em locais onde ela possa estar
Muitos querem encontrar uma esposa de Deus, mas só procuram em locais onde nunca uma mulher de Deus frequentaria. Busque nos lugares certos. Mulheres de Deus não costumam frequentar qualquer tipo de lugar. Avalie bem. A Bíblia compara uma mulher de Deus a uma jóia preciosa. Pergunto-te: Acham-se joias preciosas em qualquer lugar? Jogadas em qualquer canto? Eu “achei” minha esposa nas reuniões de jovens da igreja. Tenho certeza que não encontraria uma mulher como ela em alguns tipos de baladas que existem por aí.

4- Fuja da ansiedade
A ansiedade costuma nos cegar. Confiar em Deus é descansar Nele. É bem provável que não achará essa joia preciosa tão rápido assim. Tenha paciência. Somente quem tem paciência colhe os melhores frutos vindos de Deus. Muitos homens, guiados pela ansiedade, arrumaram tipos de mulheres que, nem de longe, são bênçãos em suas vidas.

Creio que com essas dicas você estará no caminho, mas busque em Deus sabedoria para fazer a vontade Dele em sua área sentimental.
 
 
https://www.esbocandoideias.com/2012/02/como-encontrar-uma-mulher-de-deus-para-casar.html

segunda-feira, 27 de maio de 2019

"Cristãos devem preservar uma cultura de casamentos simples"




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diz John Piper


Em vez de ceder à pressão da sociedade para um casamento caro, Piper sugere que o matrimônio seja centrado em torno do "significado de Cristo, exaltando o casamento".

Casais cristãos devem se esforçar para promover uma cultura de simplicidade e alegria ao planejar seu casamento, evitando a triste pressão de gastar muito dinheiro em seu casamento. É o que diz John Piper, fundador e mestre da “Desiring God”.

O pastor abordou o tema em um post recente, convidando igrejas e casais para solidificar o caminho e assim formar uma cultura de simplicidade em um mundo que está focado em casamentos altamente elaborados com roupas caras, entretenimento e comida.

Em vez de ceder à pressão da sociedade para um casamento caro, John Piper sugere que o matrimônio seja centrado em torno do "significado de Cristo, exaltando o casamento, a impressionante importância dos votos, a preciosidade das pessoas e não a roupa, as flores, a localização, a música e toda a produção que pode tornar o ato de Deus no casamento parecer um prelúdio para uma grande festa", pontuou.

Isso não quer dizer que um casal não deve adicionar elementos especiais em seu casamento se eles forem capazes de pagar. No entanto, o foco principal deve ser a alegria de Deus. “Não há correlação”, Piper explica, “entre ser rico e ser alegre, sugerindo que, de fato, a despesa excessiva possa conduzir a uma menor alegria, uma vez que envolve mais stress, aborrecimento e distração”, pontua.

"Este é um apelo aos líderes para cultivar uma expectativa de simplicidade, para que ninguém com menos poder aquisitivo sinta que casamentos simples, com uma recepção simples, sem refeições, sem dança, apenas alegria seja de alguma forma menos honrandos ao Senhor e ao casal. Seria trágico se cultivarmos uma situação como essa", acrescentou Piper.

Novo Testamento

Ele ainda explica que, como cristãos evangélicos, este impulso para a simplicidade pode ser indicado no ensino do Novo Testamento. Enquanto o Antigo Testamento pregou uma religião "venha e veja”, o Novo Testamento prega uma religião "vá e pregue".

Porque o cristianismo evangélico é mais de “vá e pregue”. O que rege o nosso estilo de vida agora é o esforço para mostrar que o nosso tesouro está no céu e não na terra", afirma Piper. Ele diz que o Novo Testamento nos leva para longe do luxo e para perto da simplicidade”, diz o teólogo.

Piper conclui sua mensagem convidando os casais jovens e pastores cristãos a lutar por uma mudança na cultura atual de casamentos. "Deixe o culto, a Palavra e os votos ao Senhor e o amor serem as coisas principais", incentiva Piper. Ele aproveita para convidar casais para que sejam corajosos e radicais para ficar contra uma cultura e mostrar como a verdade, a beleza e a alegria podem ser melhores e dar menos stress e ansiedade.
 

https://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/cristaos-devem-preservar-uma-cultura-de-casamentos-simples-diz-john-

quarta-feira, 27 de março de 2019

EVA = ‘AUXILIADORA’ DE ADÃO?



Em Gênesis 2:18, lemos: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. A tradução ‘auxiliadora’, bastante comum, pode dar a entender que Eva era uma assistente, em algum sentido inferior a Adão.

Sobre a expressão “ajudadora [ou auxiliadora] que lhe seja idônea”, o teólogo adventista Richard Davidson, professor de Antigo Testamento da Universidade Andrews (EUA), comenta que “o substantivo masculino ʿēzer é costumeiramente traduzido como ‘ajudar’ ou ‘ajudador’ em inglês [e em português]. Entretanto, essa é uma tradução que pode induzir em erro, porque a palavra ‘ajudador’ tende a sugerir alguém que é um assistente, subordinado, inferior, quando na verdade o hebraico ʿēzer não carrega tal conotação.

“De fato, das 21 ocorrência dessa palavra na Bíblia Hebraica [isto é, o Antigo Testamento], 16 empregam-na para descrever o próprio Deus como o ‘ajudador’ de Israel [veja, por exemplo, Êx 18:4; Dt 33:7, 26; Sl 33:20; 70:4; 115:9-11]. Outras três ocorrências fora de Gênesis 2 denotam aliados militares. Nunca nas Escrituras essa palavra se refere a um ‘ajudador subordinado’ (a menos que Gn 2 seja visto como uma exceção para o seu uso consistente em outros lugares). A palavra ʿēzer é um termo relacional, descrevendo um relacionamento benéfico, mas em si mesma não especifica posição, seja de inferioridade ou superioridade.”

Dessa forma, uma tradução literal para a palavra “idônea” (em hebraico, kenegdo) é “‘igual a sua contraparte’. Usado com a palavra ajudadora (ēzer), essa frase preposicional indica nada menos do que igualdade sem hierarquia: Eva é uma ‘auxilidora’ de Adão, alguém que em posição e status corresponde a ele, igual e adequada. Eva é um ‘poder igual ao homem’; ela é a ‘alma-gêmea’ de Adão, sua parceira igual tanto ontologicamente [isto é, no ser] quanto funcionalmente [isto é, em sua função, status]. [...] Aqui pode ser afirmado que a frase ʿēzer kĕnegdô (auxiliadora idônea) de forma alguma implica uma liderança masculina ou submissão feminina como parte da ordem da criação”.


Fonte: Richard M. Davidson, Flame of Yahweh: Sexuality in the Old Testament (Peabody, MA: Hendrickson, 2007), p. 29-30.

Sobre o autor e a obra: Richard M. Davidson, Ph.D., é professor de Antigo Testamento na Universidade Andrews (EUA), e um dos mais renomados teólogos adventistas. Esse livro, de 880 páginas, é considerado, por cristãos e judeus, o estudo mais importante já escrito sobre o tema da sexualidade no Antigo Testamento.

(Via Erick Costa de Farias, adaptado por Matheus Cardoso)
 https://religiaorelevante.blogspot.com/2015/08/eva-auxiliadora-de-adao-rpsp.html?
 
 

quarta-feira, 13 de março de 2019

O esfriamento do amor não justifica o divórcio


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O esfriamento do amor não justifica o divórcio, diz John Piper 

O teólogo afirmou que permanecer casado depende muito mais de manter a aliança do que 'permanecer apaixonado'.

O divórcio não é justificado apenas porque o amor entre os cônjuges "esfriou", diz o teólogo e o fundador do projeto 'Desiring God', John Piper.


Em um podcast publicado na última sexta-feira (5/2), no site do projeto 'Desiring God', Piper respondeu à pergunta de um ouvinte anônimo, cujo filho adulto estava planejando se divorciar.

"Estou totalmente perplexo. Não entendo por que ele se sente infeliz, mas ele diz que ele já 'não está mais apaixonado por sua esposa", disse o indivíduo. " O que você diria a alguém que 'não está mais apaixonado por sua esposa'? Isso seria mesmo motivo de divórcio?".

Piper respondeu que o esfriamento do amor não é uma boa razão para se divorciar, porque, na opinião dele, os casais muitas vezes oscilam na intensidade do amor, mas ainda assim permanecem juntos.

"É, a meu ver, é quase ridículo pensar que vamos nos manter 'apaixonados' na mesma intensidade durante 60 anos, assim como nos sentíamos no início do relacionamento", disse Piper.

"Em uma relação entre dois pecadores forçados a viver tão próximos como casados, é ingenuidade pensar que toda fase será de intenso calor, doçura e romance sexual. Isso é simplesmente o contrário de quase toda a história do mundo e o contrário de toda maquiagem da natureza humana caída", acrescentou.

Piper continuou dizendo que permanecer casado depende muito mais de "manter a aliança" e a "promessa de manter" em vez de "estar sempre apaixonado".

"Seja um homem ou uma mulher de sua palavra, um homem ou uma mulher que mantenham os votos comprometidos, um homem ou uma mulher de caráter. É disso que se trata", continuou Piper.

"O casamento é o relacionamento mais difícil de permanecer, mas também é aquele que promete alegrias gloriosas, únicas e duradouras para aqueles que têm a coragem de manter sua aliança", lembrou.

De acordo com um artigo de 2013 da revista 'Psychology Today', nos últimos tempos, "o fim da paixão" tornou-se o principal motivo para os casais se divorciarem.

"O motivo número um na lista das portas de saída do casamento costumava ser o adultério. As infidelidades pareciam exigir que um casal desistisse de seu relacionamento. A cura de uma infidelidade agora parece possível para mais casais", observou o texto da Psychology Today.

"Ao mesmo tempo, o esfriamento do amor está sendo visto cada vez mais seriamente com o crescimento aparente, agora se classificando acima das causas mais dramáticas do divórcio, como o abuso físico, mau comportamento e preocupações financeiras", acrescentou.

Tal como acontece com Piper, a 'Psychology Today' também explicou que o esfriamento do amor "não é uma sentença de morte para um relacionamento", comparando relacionamentos saudáveis ​​a longo prazo "tipicamente como uma sanfona que se abre e se fecha, oscilando entre maior proximidade e períodos de distância" do casal.

"A chave é estar atento aos sinais de distância excessiva e fazer algo para trazer um retorno de conexão. Normalmente, os casais podem fazer isso por conta própria, se não, alguma forma de aconselhamento pode ajudar", acrescentou o relatório da revista 'Psychology Today'.
 

https://guiame.com.br/gospel/familia/o-esfriamento-do-amor-nao-justifica-o-divorcio-diz-john-piper.html?



quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Nove passos que podem salvar seu casamento


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A graça de Deus é paciente e trabalha tanto instantaneamente quanto com o passar do tempo. Um erro que cometemos às vezes é idealizar demais, como se não pudéssemos ser perdoados mais de uma vez quando cometemos erros.

O modo de enxergar estes passos para salvar seu casamento biblicamente é como uma forma de colocar em prática Colossenses 3:13: “Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro.” Aí temos “suportando” e temos “perdoando”. Como essas coisas se relacionam no casamento?

Aqui está um jeito que eu tenho em mente. Eu descreverei nove etapas para chegar à reconciliação com sua esposa (ou marido, ou amigo(a), ou colega). Algo assim é necessário quando se é pecador demais para se desculpar sinceramente na primeira vez. Isso é uma experiência real mais frequente do que eu gostaria de admitir e, de uma outra forma, menos frequente do que o necessário. (Esposas e maridos, leiam as etapas se colocando nos dois papéis.)

1º Passo. Sua esposa reclama de algo que você disse ou fez de errado ou que ela não gosta.

2º Passo. Você se irrita. (Por cinco ou seis motivos que te parecem razoáveis no momento).

3º Passo. A graça te faz ver que essa raiva não vem de Deus e que você deve se desculpar sinceramente, tanto pelo que ela reclamou quanto pela raiva.

4º Passo. Você se desculpa, mas consegue apenas dizer as palavras, não se sente arrependido, porque a raiva endureceu seu coração contra a sua esposa. Você não se sente sensibilizado, você não se sente quebrantado, você não se arrependeu. Mas você diz “me desculpe” porque sabe que deve. Isso é melhor do que o silêncio. Isso é uma graça parcial.

5º Passo. Ela sente que você está zangado e, compreensivelmente, não fica satisfeita com palavras que não trazem um arrependimento profundo e sincero.

6º Passo. O tempo passa. Vinte e quatro horas? Dois dias? O Espírito Santo, sempre paciente e incessantemente santo, não te deixará. Ele trabalha contra a raiva (Tiago 1:19-20). Ele desperta verdades do evangelho (Efésios 4:32). Ele amolece o coração (Ezequiel 36:26). Isso pode ser através da leitura da Bíblia, da palavra de um amigo, da leitura de um livro, da ida a um culto. Enquanto isso sua esposa está aguardando, pensando, orando, esperando.

7º Passo. A raiva diminui. A suavidade aumenta. O carinho é despertado. A tristeza pelo pecado cresce.

8º Passo. Você chama sua esposa e diz à ela que seu primeiro pedido de desculpas foi o melhor que você pôde fazer naquela hora por causa do seu pecado. Você admite que foi insuficiente. Você diz com carinho o que você sente por ela, e se desculpa de coração, e pede pra que ela te perdoe.

9º Passo. Em misericórdia, ela perdoa e tudo fica melhor.

O que eu espero que você faça é conversar com o seu cônjuge para ver se isso se encaixa na experiência de vocês. Uma das importâncias de desenvolver esse possível padrão no seu conjunto de expectativas é que vocês podem dar um desconto (chamado misericórdia) um ao outro, para que nenhum dos dois se sinta desesperado no 6º Passo.


Por: John Piper. © Desiring God Foundation. Website: desiringGod.org. Traduzido com permissão. Fonte: A Possible Marriage-Saver in Nine Steps. Original: Nove passos que podem salvar seu casamento. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados.
John Piper é doutor em Teologia pela Universidade de Munique e fundador do desiringGod.org e chanceler no Bethlehem College & Seminary. Ele serviu por 33 anos como pastor principal da Bethlehem Baptist Church em Minneapolis, Minnesota. Piper é autor de diversos livros, incluindo Uma Glória Peculiar (Fiel) e Em busca de Deus (Shedd).
 
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

10 Dicas para não se casar com a pessoa errada




Com a taxa de divórcio acima de 50%, aparentemente pessoas demais estão cometendo um grave erro ao decidir com quem pretendem passar o resto de sua vida. Para evitar tornar-se uma “estatística”, tente interiorizar estes dez pontos a fim de não entrar em uma “fria”.

1. Você escolhe a pessoa errada porque espera que ele/ela mude depois do casamento.

O erro clássico. Nunca despose um potencial. A regra de ouro é: Se você não pode ser feliz com a pessoa como ela é agora, não se case. Como disse, muito sabiamente, um colega meu: “Na verdade, pode-se esperar que alguém mude depois de casado… para pior!”

Portanto, quando se trata da espiritualidade, caráter, higiene pessoal, habilidade de se comunicar e hábitos pessoais de outra pessoa, assegure-se de que pode viver com estes como são agora.

2. Você escolhe a pessoa errada porque se preocupa mais com a química que com o caráter.

A química acende o fogo, mas o bom caráter o mantém aceso. Esteja consciente da síndrome “Estar apaixonado”. “Estou apaixonado” frequentemente significa “Sinto atração física.” A atração está lá, mas você averiguou cuidadosamente o caráter dessa pessoa?

Aqui estão quatro traços de personalidade para serem definitivamente testados:

Humildade: Esta pessoa acredita que “fazer a coisa certa” é mais importante que o conforto pessoal?
Bondade: Esta pessoa gosta de dar prazer aos outros? Como ela trata as pessoas com as quais não tem de ser agradável? Ela faz algum trabalho voluntário? Faz caridade?
Responsabilidade: Posso confiar que esta pessoa fará aquilo que diz que fará?
Felicidade: Esta pessoa gosta de si mesma? Ela aprecia a vida? É emocionalmente estável?

Pergunte-se: Eu desejo ser como esta pessoa? Quero ter um filho com esta pessoa? Gostaria que meu filho se parecesse com ela?

3. Você fica com a pessoa errada porque o homem não entende aquilo que a mulher mais precisa.

Homens e mulheres têm necessidades emocionais específicas, e quase sempre, é o homem que simplesmente “não consegue.” A tradição judaica coloca sobre o homem o ônus de entender as necessidades emocionais de uma mulher, e de satisfazê-las.

Para a mulher, o mais importante é ser amada – sentir que é a pessoa mais importante na vida do marido. O marido precisa dar-lhe atenção consistente e verdadeira.

Isso fica mais evidente na atitude do judaísmo para com a intimidade sexual. A Torá obriga o marido a satisfazer as necessidades sexuais da mulher. A intimidade sexual é sempre colocada em termos femininos. Os homens são orientados para um objetivo, principalmente quando se trata desta área. Como disse certa vez uma mulher inteligente: “O homem tem duas velocidades: ligado e desligado.” As mulheres são orientadas pela experiência. Quando um homem é capaz de trocar as marchas e torna-se mais orientado pela experiência, descobrirá o que faz sua esposa muito feliz. Quando o homem se esquece de suas próprias necessidades e se concentra em dar prazer à mulher, coisas fantásticas acontecem.

4. Você escolhe a pessoa errada porque vocês não partilham metas de vida em comum e prioridades.

Existem três maneiras básicas de nos conectarmos com outra pessoa:
1. Química e compatibilidade
2. Partilhar interesses em comum
3. Compartilhar o mesmo objetivo de vida
Assegure-se de que você compartilha o profundo nível de conexão que objetivos de vida em comum proporcionam. Após o casamento, os dois crescerão juntos ou crescerão separados. Para evitar crescer separado, você deve entender para que “está vivendo” enquanto é solteiro – e então encontrar alguém que tenha chegado à mesma conclusão que você.

Esta é a verdadeira definição de “alma gêmea.” Uma alma gêmea tem o mesmo objetivo – duas pessoas que em última instância compartilham o mesmo entendimento ou propósito de vida, e portanto possuem as mesmas prioridades, valores e objetivos.


5. Você escolhe a pessoa errada porque logo se envolve sexualmente.

O envolvimento sexual antes do compromisso de casamento pode ser um grande problema, porque muitas vezes impede uma completa exploração honesta de aspectos importantes. O envolvimento sexual tende a nublar a mente da pessoa. E uma mente nublada não está inclinada a tomar decisões corretas.
Não é necessário fazer um “test drive” para descobrir se um casal é sexualmente compatível. Se você faz a sua parte e tem certeza que é intelectual e emocionalmente compatível, não precisa se preocupar sobre compatibilidade sexual. De todos os estudos feitos sobre o divórcio, a incompatibilidade sexual jamais foi citada como o principal motivo para as pessoas se divorciarem.

6. Você fica com a pessoa errada porque não tem uma profunda conexão emocional com esta pessoa.

Para avaliar se você tem ou não uma profunda conexão emocional, pergunte: “Respeito e admiro esta pessoa?”

Isso não significa: “Estou impressionado por esta pessoa?” Nós ficamos impressionados por um Mercedes. Não respeitamos alguém porque tem um Mercedes. Você deveria ficar impressionado pelas qualidades de criatividade, lealdade, determinação, etc.

Pergunte também: “Confio nesta pessoa?” Isso também significa: “Ele ou ela é emocionalmente estável? Sinto que posso confiar nele/nela?”

7. Você se envolve com a pessoa errada porque escolhe alguém com quem não se sente emocionalmente seguro.

Faça a si mesmo as seguintes perguntas: Sinto-me calmo, relaxado e em paz com esta pessoa? Posso ser inteiramente eu mesmo com ela? Esta pessoa faz-me sentir bem comigo mesmo? Você tem um amigo realmente íntimo que o faz sentir assim? Assegure-se que a pessoa com quem vai se casar faz você sentir-se da mesma forma!

De alguma maneira, você tem medo desta pessoa? Você não deveria sentir que é preciso monitorar aquilo que diz porque tem medo da reação da outra pessoa. Se você tem receio de expressar abertamente seus sentimentos e opiniões, então há um problema com o relacionamento.

Um outro aspecto de sentir-se seguro é que você não sente que a outra pessoa está tentando controlá-lo. Controlar comportamentos é sinal de uma pessoa abusiva. Esteja atento para alguém que está sempre tentando modificá-lo. Há uma grande diferença entre “controlar” e “fazer sugestões.” Uma sugestão é feita para seu benefício; uma declaração de controle é feita para o benefício de outra pessoa.


8. Você fica com a pessoa errada porque você não põe todas as cartas na mesa.

Tudo aquilo que o aborrece no relacionamento deve ser trazido à baila para discussão. Falar sobre aquilo que incomoda é a única forma de avaliar o quão positivamente vocês se comunicam, negociam e trabalham juntos. No decorrer de toda a vida, as dificuldades inevitavelmente surgirão. Você precisa saber agora, antes de assumir um compromisso: Vocês conseguem resolver suas diferenças e fazer concessões que sejam boas para ambas as partes?
Nunca tenha receio de deixar a pessoa saber aquilo que o incomoda. Esta é também uma maneira para você testar o quanto pode ficar vulnerável perante esta pessoa. Se você não pode ser vulnerável, então não pode ser íntimo. Os dois caminham juntos.

9. Você escolhe a pessoa errada porque usa o relacionamento para escapar de problemas pessoais e da infelicidade.

Se você é infeliz e solteiro, provavelmente será infeliz e casado, também. O casamento não conserta problemas pessoais, psicológicos e emocionais. Na melhor das hipóteses, o casamento apenas os exacerbará.

Se você não está feliz consigo mesmo e com sua vida, aceite a responsabilidade de consertá-la agora, enquanto está solteiro. Você se sentirá melhor, e seu futuro cônjuge lhe agradecerá.

10. Você escolhe a pessoa errada porque ele/ela está envolvido em um triângulo.

Estar “triangulado” significa que a pessoa é emocionalmente dependente de alguém ou de algo, ao mesmo tempo em que tenta desenvolver um outro relacionamento. Uma pessoa que não se separou de seus pais é o exemplo clássico de triangulação. As pessoas também podem estar trianguladas com objetos, tais como o trabalho, drogas, a Internet, passatempos, esportes ou dinheiro.

Assegure-se de que você e seu parceiro estejam livres de triângulos. A pessoa apanhada em um triângulo não pode estar emocionalmente disponível por completo para você. Você não será a prioridade número um. E isso não é base para um casamento.

 
Por Rabino Dov Heller – aish.com
 https://bibliacomentada.com.br/index.php/10-dicas-para-nao-se-casar-com-a-pessoa-errada/


domingo, 29 de julho de 2018

A Unidade Entre o Casal


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– por Luciano Subirá


Muitos casais cristãos estão vivendo hoje fora daquilo que Deus idealizou. Brigas constantes, desrespeito mútuo e distância entre o casal, são vistos em muitos lares. E além da infelicidade que isto produz em seus corações, ainda há a questão do mal testemunho dado e da vida espiritual que é prejudicada. Penso que este é um assunto que merece nossa atenção, pois o princípio de viver em unidade é algo que não apenas produzirá maior realização emocional no relacionamento, como também liberará sobre o casal as bênçãos de Deus.
 
COMPREENDENDO A UNIDADE

É importante que consigamos visualizar o que a unidade do casal pode produzir em suas vidas, e então seremos desafiados a preservá-la. Também entenderemos porque o Diabo, o adversário de nossas almas, luta tanto contra ela. Jesus nos ensinou que a unidade e concordância permite Deus agir em nossas vidas:
“Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. (Mateus 18.19,20)
Por outro lado, a falta de unidade impede Deus de agir. A palavra de Deus nos mostra de modo bem claro que quando o marido “briga” com sua mulher, algo acontece também na dimensão espiritual:
“Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”. (1 Pedro 3.7)
Ao deixar de honrar a mulher como vaso mais frágil e maltratá-la (ainda que só verbalmente), o marido está trazendo um sério problema sobre a vida espiritual do casal. A Bíblia diz que as orações serão impedidas. É lógico que isto também vale para a mulher, embora quem mais facilmente tropece nisto sejam os homens. O texto bíblico revela que depois de desonrar a mulher na condição de vaso mais frágil (com asperezas), o homem, mesmo que clame ao Senhor, terá sua oração impedida, pois um princípio foi violado.

Deus não age em um ambiente de desarmonia e discordância. Isto é um fato. Quando tentaram construir a torre de Babel, as Escrituras dizem que Deus desceu para ver o que os homens faziam. E Deus mesmo, ao vê-los trabalhando em harmonia e concordância de propósito declarou:
“Eis que o povo é um e todos têm uma só língua; e isto é o que começam a fazer; agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Eia, desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a língua do outro”. (Gênesis 11.6,7)
O que vemos aqui é que a unidade remove limites. Quando o casal se torna um e fala uma só língua (sem discordância) eles removem os limites diante de si! Deus pode agir livremente num ambiente destes, mas basta perder a capacidade de falar a mesma língua que tudo se perde! No reino de Deus, quando dois se unem, o efeito não é de soma, mas de multiplicação. Moisés cantou acerca do exército de Israel: um deles faria fugir a mil de seus inimigos, mas dois deles faria fugir dez mil! (Dt 32.30).

A unidade ainda traz consigo outras virtudes. Podemos ver isto numa das figuras bíblicas do Tabernáculo. O propiciatório da arca da aliança figura este princípio. O Senhor disse que ali Ele viria para falar com Moisés. O propiciatório (ou tampa da arca) era o lugar onde a glória e a presença de divina se manifestava. E nas instruções para a confecção desta peça, vemos o simbolismo da unidade. Deus disse que os dois querubins deveriam ser uma só peça de ouro batido; com isto falava simbolicamente de unidade entre seus adoradores (Ex 25.17-19). Os querubins deviam estar com as asas estendidas um para o outro (Ex 25.20), o que fala de cobertura recíproca. A falta de unidade nos leva a agir com o espírito de Caim que disse ao Senhor:
“Acaso sou eu guardador de meu irmão?” (Gn 4.9).
Mas quando estamos em unidade com alguém, cobrimos e protegemos esta pessoa! Esta é uma virtude que acompanha a unidade.

A outra, é a transparência. Os querubins deveriam estar um de frente para o outro (Ex 25.20). Isto fala alegoricamente de poder encarar outro adorador “olho no olho”. Fala de não ter nada escondido, de não ter pendências. Ninguém consegue olhar (espontaneamente) no olho de outra pessoa quando as coisas não estão bem. Quando Jacó fala para sua família que as coisas já não estavam bem entre ele e Labão, seu sogro, a expressão que ele usa é:
“vejo que o semblante de vosso pai já não é mais o mesmo para comigo” (Gn 31.5).
Jesus disse que os olhos são a candeia do corpo. Eles refletem o que está dentro de nós. E a unidade é a capacidade de olhar olho no olho e estar bem. Particularmente, eu não posso concordar com casais que escondem coisas um do outro, seja no que diz respeito à sua vida passada (erros e pecados) ou presente (como nas questões financeiras, por exemplo).

Acredito que a unidade verdadeira exige que haja remoção ou acerto de “pendências” (Pv 28.13). Ás vezes fingimos um comportamento só para agradar (ou não desagradar) ao outro, o que diverge do ensino bíblico. Este teatro não produzirá unidade verdadeira. Temos que aprender a ser francos, como está escrito:
“Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto”. (Provérbios 27.5)
Paulo censurou este tipo de comportamento dúbio quando escreveu aos gálatas. Ele falou sobre como o apóstolo Pedro em certa ocasião agiu assim para ser “diplomático” e que esta atitude conseguiu atrair até mesmo o próprio Barnabé, companheiro de Paulo, e ele os censurou publicamente (Gl 2.11-14).

Contudo, quero ressaltar que ser franco não significa ser grosseiro, pois a Bíblia nos ensina a falar a verdade em amor. O conselho dado a Timóteo na hora de corrigir os que opunham, foi o de usar de mansidão (2 Tm 2.25). A unidade manifesta a verdade (dolorosa às vezes) de forma bem mansa.

O PRINCÍPIO DO ACORDO

A Bíblia nos ensina também que o acordo é indispensável num relacionamento:
“Como andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3.3)
A ausência de acordo é uma porta aberta para o diabo. Quando Paulo escreveu aos efésios e falou sobre não dar lugar ao diabo, o fez dentro de um contexto, que é o de pecados que acontecem nos relacionamentos:
“Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo”. (Efésios 4.26,27)
Tiago escreveu sobre o mesmo princípio. Ele disse:
“Pois onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de cousas ruins”. (Tiago 3.16)
Já mencionamos anteriormente que o acordo é uma porta aberta para ação de Deus (Mt 18.19). Mas quando chegamos ao ponto de dissipa-lo de nosso relacionamento, estamos comprometendo não só a qualidade da satisfação na esfera emocional, mas também a esfera espiritual de nosso lar. Não é fácil ajustar-se satisfatoriamente na relação conjugal. As diferenças são muitas; na formação de cada um, na personalidade, temperamento, e acrescente a isto as diferenças entre homem e mulher. Contudo, quando aprendemos a ter como denominador comum o caráter e os ensinos de Cristo, então conseguimos o ajuste por meio de ceder, perdoar, recomeçar, etc. Mesmo um casal que parecia perfeitamente ajustado em seu período de namoro e noivado descobrirá a necessidade de mais ajustes à medida que os anos de casamento vão passando. Não é uma tarefa tão fácil, mas não é impossível! Se não estivesse ao nosso alcance, Deus estaria sendo injusto ao cobrar isto de nós… mas o fato é que não só é algo possível, como também é uma chave poderosa na vida cristã!

O CASAL DEVE DECIDIR JUNTO

Há uma ordem de governo e autoridade estabelecida por Deus no lar. O marido é chamado o cabeça (Ef 5.22-24), e entendemos que como tal tem direito à palavra final. Porém, isto não quer dizer que o homem esteja sempre certo ou que não deva ouvir sua mulher. Encontramos no Velho Testamento uma ocasião em que o próprio Senhor diz a Abraão, seu servo:
“Ouve Sara, tua mulher, em tudo o que ela te disser” (Gn 21.12).
No Novo Testamento vemos Pôncio Pilatos desprezando o conselho de sua mulher e se dando mal com isto (Mt 27.19).

Precisamos considerar ainda que ser líder não significa ser autoritário. Quando o apóstolo Pedro escreveu aos presbíteros (que compõem o governo da Igreja Local), disse em sua epístola que eles não deveriam ser “dominadores do povo” (1 Pe 5.3). Isto mostra que autoridade e autoritarismo são duas coisas distintas. Vejo muitos maridos dizerem que suas esposas TÊM que obedecê-los! Mas ao dizer que as esposas devem ser submissas, Deus não estava instituindo o autoritarismo no lar. Vale ainda lembrar que Jesus declarou que
“aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido” (Lc 12.48).
Os homens precisam se lembrar de que em matéria de responsabilidade do lar, terão que responder a Deus numa medida maior que as mulheres. Mas não é preciso que o homem carregue o peso desta responsabilidade sozinho.

É importante que o casal dialogue e tome decisões juntos. Desde que casamos, minha esposa e eu sabemos quem é o cabeça do lar, mas foram muitas raras as vezes em que tomei uma decisão por mim mesmo. Sempre conversamos e discutimos sobre nossas decisões. As vezes já estamos de acordo no início da conversa, e às vezes precisamos de muita conversa para amadurecer bem o que estamos discutindo. Mas sabemos a bênção de caminhar em acordo e cultivamos isto entre nós. Entendo que se a mulher é chamada de “auxiliadora” na Bíblia, é porque o homem precisa de sua ajuda. E a ajuda da mulher não está limitada à atividades domésticas. A Bíblia fala com esta figura, que deve haver uma relação de companheirismo. Creio que como auxiliadora, a mulher deve ajudar a tomar decisões.

Este é um processo que exige ajuste. Na hora de discutir alguma decisão, ou mesmo a forma de ser e se comportar de cada cônjuge, vemos o quanto é difícil ouvir ao outro. Mas devemos atentar para o ensino bíblico sobre isto:
“Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha” (Pv 18.13).
Tiago nos adverte o seguinte:
“Sabeis estas cousas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. (Tiago 1.19)
A verdade é que normalmente somos prontos para falar e irar-se um contra o outro, mas tardios para dar ouvidos ao que o outro tem a dizer. E isto precisa ser mudado em nós! Para que haja acordo, precisamos aprender a ouvir.

TRATANDO COM DESENTENDIMENTOS

Os desentendimentos ocorrem, mesmo entre os crentes mais dedicados, mas devem ser tratados logo. Lemos que alguém pode se irar e não pecar, pois é uma reação emocional espontânea. Mas o que cada um faz com o sentimento que teve pode se tornar pecado. Paulo aconselhou os irmãos de Éfeso a que não deixassem o sol se pôr sobre sua ira (Ef 4.26,27).

Em outras palavras, que deveria haver acerto, perdão, e que nenhuma pendência ficasse para trás. Precisamos aprender a tratar com os desentendimentos no lar.

Preservar a unidade não significa nunca se desentender, mas saber dar a manutenção devida no relacionamento quando isto ocorrer.
O tempo não apaga as ofensas. Deve haver reconciliação. Jesus ensinou isto:
“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”. (Mateus 5.23,24)
Alguns acham que depois de um desentendimento é só deixar “para lá”. Mas a Bíblia nos ensina o princípio de reconciliação de maneira bem formal. Deve haver pedido de desculpas, de perdão. Deve se conversar sobre o que aconteceu (o quê machucou o íntimo de cada um e porquê machucou). E não podemos perder de vista que devemos lutar para viver sem brigas, e não só reconciliar quando elas ocorrem (Ef 4.31).

Acredito, ainda, que atenção especial deve ser dada à forma de falar. Talvez esta seja uma das áreas que mais sensíveis sejam nos desentendimentos que surgem no relacionamento, uma vez que a “comunicação” no lar não é só o que um fala, mas também a forma que o outro entende! As conversas não devem ser exaltadas ou em tom de briga. E quando um dos cônjuges se perde numa explosão emocional, é importante notar que a Bíblia não nos ensina a “jogar o mesmo jogo”. O que lemos nas Escrituras é justamente o contrário:
“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. (Provérbios 15.1)
“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um”. (Colossenses 4.6)
Os maridos devem ter cuidado redobrado, pois por natureza são mais racionais do que emocionais e suas palavras tendem a ser mais duras e grosseiras. Por isso a Bíblia nos adverte:
“Maridos, amai a vossas esposas, e não as trateis com aspereza”. (Colossenses 3.19)
“Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais frágil, e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações”. (1 Pedro 3.7)
Embora seja verdadeiro e aplicável aqui o ditado de que “é melhor prevenir do que remediar”, precisamos reconhecer que muitas vezes falhamos permitindo desentendimentos que poderiam facilmente ser evitados. Neste caso, devemos aprender a consertar e tratar com estas situações. Mas não podemos esquecer também que mesmo havendo perdão e reconciliação depois do erro, quando ele se repete muito vai gerando desgaste e descrédito, e isto exige uma dimensão de restauração maior depois.

As intrigas no lar roubam o prazer de outras conquistas, como escreveu Salomão, pela inspiração do Espírito Santo:
“Melhor é um prato de hortaliça, onde há amor, do que o boi cevado e com ele o ódio”. (Provérbios 15.17)
“Melhor é um bocado seco, e tranqüilidade, do que a casa farta de carnes, e contenda”. (Provérbios 17.1)
“Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa”. (Provérbios 21.9)
Há casais que alcançaram tudo o que queriam financeiramente, mas não conseguem viver bem juntos. Eles, melhor do que ninguém, podem afirmar quão verdadeiras são estas declarações bíblicas. Não adianta ter outras realizações e deixar o relacionamento conjugal se perder. Precisamos aprender a cultivar a unidade em nosso relacionamento. E isto acontece quando aprendemos a lidar de forma simples e prática nas questões do dia-a-dia.

Que o Senhor nos ajude!
 

Autor: Luciano P. Subirá. É o responsável pelo Orvalho.Com – um ministério de ensino bíblico ao Corpo de Cristo. Também é pastor da Comunidade Alcance em Curitiba/PR. Casado com Kelly, é pai de dois filhos: Israel e Lissa.

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