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“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”. (1 Coríntios 15:58) Como homem, marido, Ministro de Família e, principalmente, filho de DEUS tenho andado muito preocupado com a quantidade de e-mails que recebo em meu site de esposas cristãs vítimas de infidelidade conjugal, as quais relatam suas tristes histórias, seus traumas, suas frustrações e suas marcas de dor. A maior de todas, sem dúvida, refere-se ao fato de terem sonhado que um casamento com um homem de Deus trouxesse às suas vidas ao menos um pouco de paz de espírito. De Norte a Sul, de uma extremidade a outra do Brasil, os adultérios têm contaminado os matrimônios e criado o desejo nas esposas de separação e divórcio. Lamentavelmente, a instituição mais antiga, criada por DEUS, a família, está abalada e ameaçada de extinção. Como cristão não podemos nos esquivar dessa realidade, comprovada dia-a-dia nos crescentes números de divórcios. Será que nós, colunas de DEUS, erguidas para cuidar das famílias, temos orado pouco? Será que as igrejas não têm privilegiado no rol de suas prioridades esse tema tão delicado? O que temos feito para provocar uma transformação no mundo espiritual em prol das causas familiares? Por essa razão, abri mão de escrever sobre um outro assunto essa semana para voltar-me, mais uma vez, a esse tema tão delicado, numa tentativa de mostrar que essa não é apenas uma responsabilidade dos ministérios de família das igrejas, mas de todo o povo de DEUS. Quem não guerreia, em oração e jejum, pelas famílias no mundo, contribui mais e mais para a destruição dos lares pelo diabo. Eu, por exemplo, preciso e vou orar mais. O instinto sexual, carnal, fora do casamento é o maior de todos os motivos para o desajuste familiar. Ele tem sido propagado deliberadamente na mídia e no liberalismo social. As novelas, as músicas, a permissividade descontrolada corromperam o mais profundo do valor humano: o caráter. Maridos, de repente, sem razão alguma, deixam-se seduzir pelo pecado da infidelidade, como vêem com freqüência na TV, e deixam brotar o primeiro desejo carnal por uma mulher que não nasceu para ele. O que primeiro precisa ser compreendido é que a desobediência pela infidelidade conjugal constitui a quebra da Aliança que CRISTO fez com o homem na cruz do calvário. Isto está bem claro em Efésios 5:25 quando o autor associa o amor de um marido à sua esposa com o Amor de CRISTO com a sua igreja: “Vós, maridos, amai as vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. Portanto, a promessa de amar a esposa feita no casamento é a Aliança instituída por DEUS, quando ELE entregou o Seu único Filho para morrer numa cruz pela salvação dos que crêem. A quebra do amor entre marido e esposa significa uma ruptura à promessa de vida eterna. Quem trai a sua companheira está afirmando para CRISTO, mesmo que inconscientemente, que não mais anseia pela Aliança, que rejeita o sêlo da salvação eterno; enfim, que ele (o marido infiel) não aceita mais fazer parte do corpo de CRISTO aqui na terra. Trair a esposa significa, então, deixar para trás a promessa de CRISTO e separar-se da unidade do corpo santo. O homem aqui sai da condição de amigo para a de adversário de CRISTO. O segundo ponto a ser observado é que o adultério é a única condição, segundo a Bíblia, em que a esposa traída pode solicitar o divórcio, e conseqüentemente, a destruição formal daquilo que DEUS criou. Embora o divórcio esteja na Bíblia como saída natural ao problema da infidelidade, ele não é autorizado segundo a vontade do coração de DEUS. Quando muitos fariseus foram até JESUS para testá-LO, perguntaram-lhe: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Respondeu-lhes Ele: não lêste que no princípio o Criador os fez macho e fêmea, e disse "portanto deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, serão os dois uma só carne?" Assim já não são mais dois, mas uma só carne (essa expressão "uma só carne" representa também a presença do homem integrado ao corpo espiritual de Cristo). Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Perguntaram-lhe: então por que mandou Moisés (e não Deus) dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Respondeu-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim.” (Mateus 19:3-8) (grifo nosso). Ou seja, a decisão de divorciar-se é de inteira responsabilidade do ser humano, sendo uma permissão puramente humana, que não passou e nem passa pelo desejo do coração de DEUS. Em casos mais extremos, onde a incapacidade de perdoar e de recomeçar uma nova história com a mesma pessoa são obstáculos relevantes, a opção pelo divórcio pode ser até compreendida. As ordenanças da lei dirigidas ao caráter do homem (Êxodo 20:14; Deuteronômio 20:14) na época da Antiga Aliança continuaram a ter o seu valor nos tempos da Graça como vemos em Mateus 5:27; Mateus 19:18; Marcos 10:19; Lucas 18:20; Romanos 13:9 e outras passagens. A diferença está centrada na imagem gloriosa de JESUS. Na época da Lei quem adulterasse recebia sentença de morte. Em CRISTO, as misericórdias, o poder de resistência se renovam a cada manhã: “Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido. E que o marido não deixe a mulher” (1 Coríntios 7:10-11)(grifo nosso). O conselho de DEUS para as esposas é bem claro: “não se apartem dos seus maridos!”, ainda que tenham sofrido por causa do adultério. Porém se decidirem se apartar que esforcem-se para promover a reconciliação. O Todo-Poderoso está dizendo para as esposas traídas que sejam como mulheres guerreiras e não desistam da fé restauradora nem entreguem a promessa de Deus ao diabo. O terceiro e o último ponto é quase uma extensão do anterior. Quando a fé é abalada por um gesto de traição de quem amamos, o coração tende a se encher de mágoas, ressentimentos e desesperança. É aqui que mora outro perigo: um coração amargurado, impiedoso, endurecido não pode receber a operação do Espírito de DEUS. Embora saibamos que a traição conjugal abate primeiramente o campo mais sensível do ser humano (a fé), causando desânimo e enfraquecimento espiritual, estendendo-se a outros universos como afetividade, filhos, trabalho, a realidade é que as esposas cristãs devem estar sempre prontas para perdoar. A ausência do perdão é uma vitória de satanás num mundo espiritual. O diabo quer exatamente isso: que cultivemos ódio e rancor pelo próximo e que nunca encontremos espaço para o perdão. Perdoar é devolver o mesmo lugar que a pessoa ocupava antes. Aprenda a ser vitoriosa de mãos dadas com o seu marido; e não erguendo o troféu da solidão. Mas para isso, é preciso viver uma vida dedicada de oração, sem se preocupar com o tempo das respostas. FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça” e “Antes que a Luz do Sol escureça”. Também é líder do Ministério Interdenominacional Recuperando Famílias para Cristo. |
“Uma só carne” significa que assim como o nosso corpo é inteiro e não pode ser dividido em pedaços, assim também Deus estabeleceu o relacionamento matrimonial. Não há mais duas entidades (dois indivíduos), mas agora há apenas uma entidade (um casal).
terça-feira, 5 de abril de 2011
Conselhos às esposas cristãs
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