segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Uma teologia do sexo

 
O padrão bíblico é que o ato sexual seja para o relacionamento no casamento, exclusivamente entre um homem e uma mulher, enquanto os dois viverem (Gn 2.24; Mc 10.6-12). O que passar disto é adultério (Êx 20.14; Lv 20.10) e imoralidade sexual – prostituição ou fornicação – (1Co 6.12-20). Esta não é uma ideia apenas da “lei”, mas do Novo Testamento também. Vemos isso, por exemplo, no relacionamento de José e Maria. Maria tinha muito claro em sua consciência que sexo era apenas para o casamento. Não era para uma mulher “virgem” – ou seja, não era para namorados ou noivos (Lc 1.34). José, por sua vez, quando soube da gravidez de Maria, pensou até em romper com o noivado, pois ele tinha certeza de que o filho não era dele (Mt 1.18-21). De onde vinha a sua certeza? Simples! Os dois ainda não haviam se conhecido sexualmente. Obedecendo a Deus, os dois aguardavam pelo casamento.

Mas, em nossa época, a discussão vai longe, mesmo para alguns cristãos. As pessoas questionam: “Por que o sexo deve ser posto em quarentena à espera do casamento? Por que duas pessoas maduras, que se desejam, sabem o que quer, conseguem se manter financeiramente, vivem um grau de compromisso avançado em sua relação, pensando até em se casar, não podem desfrutar livremente de algo que obviamente é bom e aprazível?” Porém, à luz da Bíblia, nenhum desses argumentos legitima níveis crescentes de intimidade sexual para antes do casamento.

É precisamente aí que se torna importante uma teologia do sexo. E esta requer muito mais do que uma lista de coisas proibidas e permitidas. Sexo, biblicamente falando, não é uma recompensa que se consegue por se ter encontrado alguém ou se ter casado, e a intimidade sexual não está ligada a uma escala variada de compromisso. Ao contrário, o sexo tem um significado e propósito teológico dados por Deus que transcende as experiências e as opiniões gerais das pessoas.

O casamento é uma aliança que estabelece um relacionamento entre um homem e uma mulher (Pv 2.17; Ml 2.14). Se o casamento é uma aliança, então essa aliança deve ter um sinal, algo que torne visível a realidade invisível de união em uma só carne (Ml 2.15). Logo, o homem se relaciona com essa única mulher como sua esposa, unindo-se a ela numa relação de uma só carne, amor mútuo, lealdade e intimidade. O sinal dessa aliança é o ato físico de se tornar uma só carne no ato sexual (Gn 2.21-25). O sexo, portanto, é o próprio símbolo do casamento, assim como o batismo é o símbolo do novo nascimento.Quando no casamento marido e mulher se relacionam sexualmente eles estão chamando a Deus como testemunha de seu compromisso e aliança. Por isso que no casamento o sexo não é apenas para a procriação (Gn 1.27-28), mas para o prazer do casal (Pv 5.18-19; 1Co 7.1-6), que juntos refletem o amor prazeroso de Cristo pela sua Igreja (Ef 5.22-33). Também não é por nada que encontramos na Bíblia um livro inteirinho dedicado à celebração do amor e do prazer entre marido e mulher (Cântico dos Cânticos). Deus é glorificado quando desfrutamos os dons que ele nos deu, como ele pretendeu.

O padrão bíblico é que o sexo expresso dentro do casamento entre o marido e sua mulher é santo, saudável, prazeroso e bom. Expresso em outro lugar e de outra forma ele fica aquém da intenção de Deus, violando o seu mandamento e a sua aliança, da qual ele mesmo é testemunha.

Fonte: Igreja Batista Central de Campinas
Libertos do Opressor  
 
 

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